votar depois dos 70 - urna

Votar depois dos 70 anos também é participação social

Faltando poucos meses para que a população vá às urnas definir quem será o presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais, a Longevida, consultoria na área do envelhecimento, destaca mais uma vez a importância do voto depois dos 70 anos, quando não é mais obrigatório. A entrevista desta vez é com Lilia Albuquerque, assistente social, especialista em Gestão de Políticas Públicas, diretora do Centro de Convivência Estadual do Idoso (CECI), do governo do Amazonas e integrante da Pastoral da Pessoa Idosa do Regional Norte.

Lilia Albuquerque - votar depois dos 70

Para Lilia (Foto: Divulgação), votar depois dos 70, quando não é mais obrigatório, é uma oportunidade para poder mostrar a vontade, a liberdade, a autonomia e participar das decisões do país. “Eu penso que não devemos levar em conta a obrigatoriedade, mas sim um direito como cidadão, cidadã, de decidir os rumos da política na cidade, seja no teu estado, seja no país.  E é preciso que nós tenhamos a consciência desse dever, dessa obrigação, pois só assim nós poderemos cobrar políticas que atendam as nossas necessidades. Só assim, nós poderemos propor, direcionar e cobrar políticas públicas eficazes que atendam as nossas necessidades”.

A participação social que, segundo Lilia, precisa ir além das urnas. “É importantíssimo a participação da pessoa idosa nesse contexto. É nessa luta que nós devemos estar sempre presente, exercendo nosso direito como cidadão, cidadã, na hora de votar, bem como a participação nas lutas sociais, estando presente nos conselhos da pessoa idosa, seja nos conselhos de saúde, da assistência, municipal, estadual, federal, enfim, nos fóruns de discussões, participando das conferências, porque só assim realmente você pode contribuir nessa construção da nossa cidadania e na garantia dos nossos direito”, ressaltou.

No Amazonas, a diretora do Centro de Convivência Estadual do Idoso (CECI), conta que foi através dessas lutas que muitas coisas foram conquistadas e hoje a população idosa está usufruindo. “O maior exemplo são os centros de convivência. Na cidade de Manaus, nós temos dois centros de convivência voltados para idosos, mas nós temos centros de convivência da família em todas zonas de Manaus e centro de convivência em todos os municípios do Amazonas”.

Assistente social e especialista em Gestão de Políticas Públicas, Lilia destaca ainda os projetos voltados exclusivamente a atender as pessoas idosas que estão nas comunidades, com profissionais qualificados, fruto também da mobilização. “Isso aí se deve justamente a essa participação do segmento nessas lutas. Então é muitíssimo importante essa mobilização que está acontecendo em nível nacional para que as pessoas idosas continuem exercendo o seu direito de votar, de exercer sua cidadania no direito de escolher os seus representantes, para que esses representantes possam nos representar de fato e de direito naquilo que nós queremos pra garantir esses direitos no nosso dia”.

Texto Katia Brito / Imagem principal: José Cruz/Agência Brasil

websérie Idadismo - segundo episódio

Novo episódio da websérie destacará a pedagogia e o papel da escola

Na próxima segunda, dia 28 de março, às 19 horas, tem o segundo episódio da websérie “Idadismo: Entre Imaginários e a vida vivida”. Os convidados são a pedagoga Lurdinha Martins, de São Paulo; a professora Leides Moura (BSB) da Universidade de Brasília (UNB), e do cartunista Márcio Lobo. A mediação é de Sandra Regina Gomes, diretora e fundadora da Longevida.

No episódio de março da websérie serão abordadas questões importantes sobre a Pedagogia e o papel da Escola na (re)construção de um olhar positivo acerca do envelhecimento e das pessoas idosas. Como na estreia em fevereiro, Lobo apresentará no formato de cartuns destaques do episódio.

A websérie contará com mais quatro episódios mensais, sempre com a temática do preconceito contra a pessoa idosa abordada por profissionais multidisciplinares, além de depoimentos de pessoas idosas que convivem com o preconceito no seu dia a dia.

A iniciativa faz parte da campanha #LugarDePessoaIdosaÉOndeElaQuiser, lançada em outubro de 2021 pela Longevida, em referência ao Dia Mundial da Pessoa Idosa. A proposta é repercutir os temas levantados no Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo, divulgado em dezembro. O material está disponível para download gratuito pelo link.

Os parceiros da iniciativa são os mesmos que colaboraram no Glossário Coletivo: Prefeitura do Recife, por meio da Gerência da Pessoa Idosa; Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE); Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo; Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos de São Paulo; Casa Vovó Bibia de Apoio à Família, também de Recife (PE), e o Movimento Atualiza.

Recentemente, o Grupo Cynthia Charone, de Belém (PA) também se tornou um importante parceiro do Glossário Coletivo, assim como a professora Leides Barroso Azevedo Moura, profa. associada da Universidade de Brasília, uma das criadoras da plataforma Vitrine100Idade.

Acompanhe a transmissão ao vivo pelos canais do Facebook – https://www.facebook.com/longevidaconsultoria – e do YouTube da Longevida – https://www.youtube.com/c/Longevida.

Websérie Idadismo - André Cabral, Marcio Lobo, Cinthya Charone, Sandra Gomes, Libras

Longevida celebra sucesso da websérie contra o idadismo

A Longevida Consultoria comemora o sucesso da estreia da websérie “Idadismo: Entre Imaginários e a Vida Vivida”. O primeiro de seis episódios contou com a participação do psicólogo André L. Cabral, da médica dra. Cynthia Charone e do cartunista Marcio Lobo, e já tem mais de 200 visualizações no Facebook e mais de 1.300 no canal no YouTube. A moderação foi de Sandra Gomes, fundadora e diretora da Longevida. Jocelia e Nil Alves foram os intérpretes de Libras, enviados pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de São Paulo.

A websérie faz parte das ações iniciadas em 1 de outubro de 2021, Dia da Pessoa Idosa, com o lançamento da Campanha de Enfrentamento ao Idadismo #Lugardepessoaidosaéondeelaquiser. A iniciativa da Longevida incluiu uma série de lives e teve como ponto alto a divulgação do Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo, no dia 10 de dezembro de 2021, Dia dos Direitos Humanos. O Glossário é o norteador da websérie que volta no dia 28 de março, às 19 horas, com o segundo episódio, trazendo o idadismo sob a perspectiva da pedagogia.

Os parceiros da iniciativa são a Prefeitura do Recife, por meio da Gerência da Pessoa Idosa; Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) com o Núcleo de Envelhecimento, Velhice e Idosos (Nevi); Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo; Conselho da Pessoa Idosa do Recife; Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos de São Paulo; Casa Vovó Bibia de Apoio à Família, também de Recife (PE), a plataforma Vitrine Sem Idade, da Universidade de Brasília, o Grupo Cynthia Charone e o Movimento Atualiza.

Primeiro episódio

Na abertura, Sandra destacou o quanto o preconceito está enraizado em nossa cultura, por meio da linguagem com tantas expressões e frases idadistas, por isso a necessidade de desmistificar estigmas e estereótipos e sensibilizar as pessoas “para que fiquem cientes do que estão falando, para quem e como”. Como ela bem destacou é uma chave difícil de virar, e a Longevida vem caminhando nesse sentido.

O episódio contou com três vídeos com depoimentos de pessoas idosas, que frequentam o Grupo Cynthia Charone, em Belém (PA) e contaram como o idadismo impacta suas vidas. Raimunda Jacob, 67 anos, disse que nota os comentários por onde passa que deveria se colocar em seu lugar. “Não aceito isso, meu lugar é onde eu quero estar e como eu quero estar… Se tem na vida uma pessoa que se ama, sou eu”.

Outro depoimento foi de Antonio Alves, 72, natural do Piauí, que mora há 50 anos em Belém. Ele contou que se sente um pouco humilhado com os comentários que ouve, mas “a coisa melhor do mundo é viver”. Para ele, “o importante é ser feliz, é o que eu quero”. Maria Habigair, 65, falou da discriminação na própria família, principalmente em relação às roupas que gosta de usar. “Tudo isso a gente sofre, mas deixo passar. Continuo vivendo do meu jeito, da minha maneira. Sou uma mulher muito feliz!”. Os depoimentos foram retratados em cartuns feitos por Lobo.

Perspectivas

Em sua participação, o psicólogo André L. Cabral, elogiou a iniciativa e disse estar emocionado com a qualidade do trabalho. Ele também é professor, especialista em psicanálise aplicada à educação e saúde e mestre em Gerontologia. Seu trabalho com a população idosa é focado na intergeracionalidade, buscando desmistificar o envelhecimento através da própria vivência dos jovens com a pessoa idosa.

Um conceito trabalhado pelo psicólogo é o movimento de autoinvestimento. Segundo ele, é necessário que a pessoa idosa invista em si mesma, no próprio desejo, se lançar no social, confrontando aspectos do idadismo. André ressaltou a necessidade de os idosos estarem empoderados de seus direitos, com incentivo a autoestima, consciência da potencialidade, da capacidade de escolha: “É possível falar de futuro cada vez mais na velhice, é preciso aceitar que a gente tem essas possibilidades”.

A médica oftalmologista Cynthia Charone, é presidente do grupo que leva seu nome em Belém, e atende cerca de seis mil pessoas idosas. Ela tem especialização em Gerontologia e em Gerontologia e empreendimentos. No Pará, são 18 unidades do grupo, oito delas voltadas para o público 60+ com acompanhamento muldisciplinar e interdisciplinar. O grupo também trabalha a intergeracionalidade com ações com crianças e jovens.

“Os próprios idosos já são tão feridos pela população, que já chegam desmotivados de se inserir em alguma coisa por que tem um autopreconceito. Como a gente trabalha com muitas pessoas idosas, eles vão começando a se encontrar nos seus pares, em quem frequenta há mais tempo, e percebem que estão vivos, têm direitos também, passam a se sentir mais bonitos, empoderados, autônomos. Tudo isso é um processo”, detalha a médica.

O idadismo, como salientou Cynthia, não está apenas na rua, mas também dentro de casa, expresso pela própria família: “Quem somos nós para julgar, apontar o dedo, o mais maduro tem mais para ensinar, para ser respeitado… Nós incentivamos a autoestima, o orgulho pela história da vida, o respeito pelos pares, independente se tem mais ou menos dificuldade. A empatia é maior quando consegue se enxergar no outro”.

Assista o episódio completo no Facebook ou no canal do YouTube da Longevida.

Política Nacional da Pessoa Idosa - PNI

28 anos da Política Nacional da Pessoa Idosa: avanços e retrocessos

Por Katia Brito – Blog Nova Maturidade

A Política Nacional da Pessoa Idosa completou, em janeiro, 28 anos, entre avanços e retrocessos. A avaliação é do prof. dr. Vicente Faleiros, presidente da Comissão de Políticas Públicas da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), assistente social e doutor em sociologia. “A PNI – Política Nacional do Idoso, hoje Política Nacional da Pessoa Idosa, de 1994, deu visibilidade à questão do envelhecimento no Brasil e à condição de vida e de desigualdade de milhões de pessoas com envolvimento do Estado na promoção de direitos desse segmento”, destaca.

Vicente Faleiros - PNI

Faleiros (foto: Divulgação), de 81 anos, ressalta que a Constituição de 1988 dispõe sobre a participação das pessoas idosas na vida social e pública e implanta a seguridade social, integrando saúde pública, previdência e assistência social. A carta magna cria o benefício para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, regulamentado pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), em 1993, como Benefício de Prestação Continuada (BPC). Há mais de 4,7 milhões de beneficiários no país, entre pessoas idosas e pessoas com deficiência.

A PNI, de acordo com o presidente da Comissão de Políticas Públicas da SBGG, ainda é “declaratória de direitos, mas indica responsabilidades dos ministérios e abre ação conjunta”. Promulgada em 1994, a legislação foi regulamenta em 1996, e o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI) previsto no texto, só foi implantado em 2002 e aperfeiçoado em 2004.

Segundo Faleiros, vários estados já haviam criado conselhos estaduais. A lei que cria o Conselho Estadual da Pessoa Idosa de Minas Gerais, por exemplo, é de 1999. O órgão de São Paulo precede a PNI, foi criado em 1987.

Estatuto do Idoso

Entre os avanços da PNI, Faleiros cita a integração das políticas, da participação, da descentralização e valorização da pessoa idosa. Porém, segundo ele, “foi o Estatuto do Idoso, de 2003, que elencou direitos do segmento como dever do Estado e estabeleceu um sistema de proteção para o envelhecimento digno e o direito ao envelhecimento diverso, ativo, com cidadania e participativo”.

Para o professor, o Estatuto é “um marco fundamental da proteção à pessoa idosa, tornando obrigatória a intervenção do Estado para assegurar direitos e o envelhecimento digno, ativo e participativo”. Com a nova legislação, Estados e municípios criaram conselhos e fundos. O diferencial do Estatuto para a PNI, de acordo com Faleiros, está na “mudança de paradigma de formulação de políticas para obrigatoriedade de políticas para e com a pessoa idosa e maior sistematização da rede de proteção”.

Desafios

Mesmo com os avanços, como explica o professor “há ainda preconceitos, discriminação e violência contra a pessoa idosa”, e também falta uma política de formação de cuidadores, de cuidados e, principalmente, de atenção básica e primária, e na saúde mental para o segmento idoso.

Para Faleiros, “os maiores retrocessos aconteceram no governo Bolsonaro, com amputação da participação no CNDI, pelo Decreto 9893/19; negacionismo da vacina; redução e dificuldade a direitos na previdência; corte de verbas na assistência, e ataques aos direitos aos planos de saúde. O orçamento para o segmento é ridículo”. Ele ainda cita a Rede Nacional de Defesa e Proteção da Pessoa Idosa (Renadi), que ficou só no papel, e a V  Conferência dos Direitos da Pessoa Idosa, adiada para 2021, e realizada com participação controlada.

Outro desafio é a carência de médicos geriatras. “Há avanços na residência e formação em geriatria, mas ainda é insuficiente e os planos de saúde não valorizam esse profissional. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) tem um diploma de especialista em geriatria e também em gerontologia que estimula a titulação de profissionais. Há cursos de formação para gerontólogo e também pós-graduações”, destaca Faleiros.

Colocar o envelhecimento na pauta nas eleições deste ano também parece um sonho distante: “A política e a estratégia de serviços para a pessoa idosa como direitos ainda não entrou na agenda dos partidos e alguns políticos querem fortalecer ainda o assistencialismo como um favor para um coitado. A pessoa idosa é cidadã de direitos, merece retorno e respeito por sua  contribuição à previdência e à sociedade. Portanto não é peso algum”.

Rede integrada

Para uma maior efetividade das políticas em favor da pessoa idosa, Faleiros acredita que “a rede integrada de proteção à pessoa idosa ainda está como horizonte, devendo levar em conta a desigualdade do envelhecimento, agravada pela população idosa na rua. O arcabouço de serviços progressivos precisa ser estratégia com centros de convivência, centros diurnos e noturnos, hospital dia, acompanhantes, cuidadores domiciliares. A maior longevidade traz desafios e oportunidades”.

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curso Políticas públicas para pessoas idosas

Curso vai abordar políticas públicas para a pessoa idosa

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Estão abertas as inscrições para o curso Política Nacional do Idoso: Gestão na Prática, promovido pela Longevida, consultoria na área do envelhecimento. Os participantes vão compreender e aprofundar conhecimentos a respeito da Política Nacional do Idoso e a sua aplicabilidade nas políticas públicas com foco na garantia de direitos da pessoa idosa. A primeira aula será no dia 3 de novembro. Veja como se inscrever no site longevida.ong.br. Há valores promocionais para grupos.

O curso será ministrado por Sandra Regina Gomes (foto), uma das maiores especialistas brasileiras em gestão de políticas públicas para pessoas idosas no país, fundadora e diretora da Longevida. Serão quatro módulos com duração de quatro horas cada, num total de 16 horas/aula, com trocas de experiências e vivências, por meio de dinâmicas.

As atividades do curso Política Nacional do Idoso são voltadas para todos os interessados no assunto, mas especialmente construído para profissionais que atendem a população idosa, conselheiros dos Conselhos de Direitos, familiares, cuidadores de idosos, estudantes e gestores. Os alunos receberão relação bibliográfica, assim como o material apresentado em aula. Será fornecido certificado para quem tiver 70% de presença.

Módulos do curso

As aulas serão nos dias 3 e 4, 10 e 11 de novembro, das 17 às 21 horas. Os temas do primeiro módulo serão: Política Nacional do idoso e os Marcos Legais; Controle Social: Conselhos de Direitos das Pessoas Idosas e as Conferências Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos das Pessoas Idosas, e o Fundo Nacional do Idoso.

No segundo módulo do curso Política Nacional do Idoso, Sandra Regina Gomes apresentará a Rede de Atendimento a Pessoa Idosa no Brasil; Cuidadores de Idosos Formais e Informais, formação, avanços e desafios; e modelos de moradias para pessoas idosas. O módulo seguinte abordará os direitos da pessoa idosa, violência sob a perspectiva da prevenção e rede protetiva e o papel da pessoa idosa na família.

O último módulo vai destacar a Formação de Conselheiros e a iniciativa da Escola de Conselhos Professor Paulo Freire, criada por Sandra na Prefeitura de São Paulo quando estava à frente da Coordenadoria de Políticas para a Pessoa Idosa. E ainda formação tecnológica para a inclusão da pessoa idosa e Envelhecimento Ativo e a Década do Envelhecimento Saudável.

Sandra Regina Gomes

Referência em gestão de políticas públicas para a pessoa idosa, Sandra Gomes é fonoaudióloga, formada pela PUC-SP; titulada especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG); e Mestre em Gestão e Políticas Públicas na Fundação Getúlio Vargas (SP).

Coordenou a Política Pública para Pessoas Idosas na Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo, onde regulamentou o Fundo Municipal do Idoso e criou a Escola de Conselhos “Professor Paulo Freire”. Também esteve Coordenadora-Geral dos Direitos do Idoso da Secretaria dos Direitos Humanos do governo federal, criou o Disque 100 – Módulo Idoso e regulamentou a Lei do Fundo Nacional do Idoso.

Sandra é responsável por programas e campanhas de Prevenção de Quedas e Acidentes Viários com Pessoas Idosas em 18 Estados brasileiros. E docente de cursos de pós-graduação em Gerontologia do Hospital Albert Einstein (SP, RJ e PR), Hospital Cynthia Charone (PA), Faculdade São Camilo (SP), Hospital Oswaldo Cruz (SP) e PUC-MG. É membro da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG) e conselheira do Instituto Velho Amigo e da Associação São Joaquim.

Alexandre Kalache - Seminário Internacional Brasil e Portugal

Seminário internacional celebra sucesso com mais de 1.200 visualizações

A primeira edição do Seminário Internacional sobre Longevidade: Brasil e Portugal – Desafios e Oportunidades foi um sucesso. Foram 500 inscritos de 23 Estados do Brasil, do Distrito Federal, e de Portugal. Com mais de 1.200 visualizações, o evento, realizado no dia 28 de setembro, cumpriu eu papel e apresentou o panorama da longevidade no Brasil e em Portugal. Além dos avanços e desafios em políticas, assistência social e conselhos de direitos.

O evento foi aberto pela diretora e fundadora da Longevida, Sandra Regina Gomes, que apresentou a consultoria voltada para a área de envelhecimento. A primeira palestra foi de Alexandre Kalache, referência em envelhecimento e longevidade, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-Brasil), que trouxe um panorama da longevidade frente à pandemia e ao idadismo. Kalache falou de sua esperança, do verbo esperançar do educador Paulo Freire, de que o Brasil avance como Portugal. No país, em 1975, a esperança de vida era de 68 anos e, em 2019, antes da pandemia, era de 81 anos.

Um dos destaques da fala de Kalache foram os “is” que formam o idadismo, o preconceito contra a pessoa idosa: ideológico – com grupos que acreditam valer mais que os outros; a institucionalização dessa ideologia, como as barreiras criadas nos serviços de saúde para a realização de exames e procedimentos e o acesso a medicamentos; interpessoal – com piadas e desrespeito que minam a autoestima das pessoas idosas; a internalização desse preconceito, e a inequidade.

Políticas públicas

Em sua fala, Sandra destacou os avanços na legislação para garantia de direitos da pessoa idosa como a Política Nacional e o Estatuto do Idoso, que completa 18 anos neste dia 1 de outubro, Dia da Pessoa Idosa. Ela ressaltou a importância do atendimento integrado à pessoa idosa e dos conselhos de direitos. Para a diretora da Longevida, só é possível constituir políticas públicas efetivas com a participação da pessoa idosa.

Sandra também abordou o tema do idadismo, foco da campanha de enfrentamento promovida pela Longevida no mês de outubro, e o movimento Velhice Não é Doença, contrário à inclusão do termo velhice na classificação internacional de doenças, a CID-11.

Sandra Gomes e Daniela Reis - Seminário Internacional Brasil e Portugal

A política de Assistência Social e a atenção à pessoa idosa foi o tema abordado por Daniela Reis, assistente social e mestre em Políticas Públicas. Segundo ela, a assistência social é um campo estratégico para a execução de políticas para a pessoa idosa. Na palestra, destaque para a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), que traz o Benefício de Prestação Continuada (BPC), programa de transferência de renda para pessoas idosas e com deficiência, e a Política Nacional de Assistência Social que possibilitou a criação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

Daniela afirmou que é preciso garantir a participação da pessoa idosa nos conselhos e conferências, sua inserção social, para fortalecer a política da pessoa idosa no Brasil. Da mesma forma, integrar o sistema da Assistência Social a outros sistemas como saúde, educação, habitação. 

Portugal

José Carreira, representante do Movimento #StopIdadismo em Portugal, destacou as experiências do país no atendimento à população idosa, acompanhado de belas imagens do fotógrafo amador Pedro Moreira. Portugal, quinto país mais envelhecido do mundo, vive, segundo ele, o desafio para equilibrar a alta esperança ao nascer com a qualidade de vida. Um dos dados apresentados mostra uma diferença de décadas entre uma fase de vida saudável e a piora da saúde. Outros desafios são semelhantes ao Brasil como o combate ao idadismo e à pobreza, que impede o acesso a cuidados e serviços.

José Carreira - Seminário Internacional Brasil e Portugal

Uma oportunidade para Portugal seria a implantação da Estratégia Nacional Envelhecimento Ativo e Saudável prevista para 2017, mas que não se efetivou. Carreira também vê oportunidades no empreendedorismo, turismo, comunidades amigas das pessoas idosas e na economia da longevidade.  Entre as respostas que o país já oferece, destacou as universidades seniores, que dinamizam atividades educativas, formativas, de interação social e convívio.

Confira no YouTube da Longevida o vídeo completo com todas as palestras! 

Longevia - Seminário Brasil Portugal

I Seminário sobre longevidade: Brasil e Portugal será no dia 28 de setembro

O I Seminário Internacional sobre longevidade: Brasil e Portugal – Desafios e Oportunidades, uma realização da Longevida, consultoria na área do envelhecimento, foi adiado. Por motivos alheios à Longevida, o evento que seria no dia 31 de agosto foi transferido para o dia 28 de setembro, das 9 às 12 horas, no formato online.

As inscrições para o seminário continuam abertas. Quem já se inscreveu, precisará fazer uma nova inscrição. Veja como participar no site da Longevida: https://www.longevida.ong.br/

O conteúdo do seminário foi mantido. O evento, coordenado por Sandra Regina Gomes, fundadora e diretora da Longevida, abordará a Política Nacional do Idoso, a rede de atendimento à população idosa no Brasil, os Conselhos de direitos da pessoa idosa, o Fundo Nacional do Idoso e experiências de Portugal no atendimento à população idosa. Os inscritos receberão certificado.

O I Seminário Internacional sobre longevidade contará com a participação de Alexandre Kalache, referência internacional em envelhecimento e longevidade e presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR). Destaque também para José Carreira, mestre em Trabalho Social, com pós-graduação em Direito do Envelhecimento, que representa o Movimento #StopIdadismo em Portugal. Haverá ainda palestras de Sandra Regina Gomes, da Longevida, e da assistente social Daniela Reis.

Longevida

A Longevida, consultoria na área do envelhecimento, é uma empresa que atua junto a órgãos públicos, terceiro setor e universidades na área do envelhecimento tendo como missão valorizar e promover a cidadania da pessoa idosa. A empresa nasceu a partir da experiência e expertise da fundadora, a gerontóloga Sandra Regina Gomes, e oferece serviços para formulação, desenvolvimento e realização de programas, projetos, pesquisas, capacitações e treinamentos que ajudem a promover o bem-estar e a cidadania da pessoa idosa.