Change.org - SoyMayorNoidiota- sr Carlos San Juan de Laorden

“SOU VELHO, NÃO IDIOTA!”

Por Silvia Triboni

Sou velho, não idiota! Esta frase de protesto que pode muito bem ser dita por muitos de nós foi o “grito” dado por Carlos San Juan de Laorden, um senhor espanhol de 78 anos, em resposta ao precário atendimento bancário que a Espanha oferece às pessoas mais velhas.

Em meio a uma onda de fechamento de agências e mais e mais serviços bancários estarem disponíveis apenas na forma digital, o Sr. Carlos San Juan de Laorden, morador de Valência, na costa sudeste da Espanha, decidiu dar voz não só à sua revolta mas à de todos aqueles que se sentem “abandonados” pelo sistema bancário.

O bravo senhor lançou uma petição no Change.org (uma plataforma de petições) com o nome: “Sou velho, não idiota” (Soy mayor, no idiota). Nesta petição requer ao Banco Santander, Bilbao Viscaia BBVA, Banco de Espanha, Bankinter, Ministério de Assuntos Econômicos y Transformación Digital, e outros, tratamento humano pois não quer mais se sentir tratado como idiota quando não souber operar os sistemas digitais.

Change.org - SoyMayorNoidiota- sr Carlos San Juan de Laorden

A garra e coragem de um idoso na luta contra a exclusão praticada pelos bancos

O descaso com que o sistema bancário espanhol trata as pessoas de todas as idades ao desconsiderar o grau de literacia digital de cada um, ignorando as suas dificuldades de acesso aos serviços eletrônicos, não é diferente no Brasil.

No ano passado, cerca de 11% das agências bancárias na Espanha fecharam para cortar custos sob a alegação de que os clientes haviam mudado para o banco on-line.

No Brasil, segundo o Banco Central, 2.351 agências bancárias foram fechadas na pandemia. Os bancos afirmam que o aumento dos meios digitais de pagamento é a razão da reestruturação da rede física. Na verdade ignoram as dificuldades advindas deste processo digital, e nada fazem para melhor atender clientes em suas dificuldades de acesso.

Muito mais do que somente criticar o desserviço bancário na imprensa ou redes sociais, Sr. Carlos San Juan, de 78 anos, foi além. Agiu! Movimentou-se efetivamente ao organizar o abaixo-assinado que em seus primeiros quatro dias já agregava mais de 200 mil assinaturas.

Cheguei a me sentir humilhado ao pedir ajuda em um banco e ser tratado como se eu fosse um idiota por não saber como concluir uma operação

“Tenho quase 80 anos e fico muito triste ao ver que os bancos esqueceram as pessoas mais velhas como eu”, desabafa o Sr. Carlos San Juan em sua petição.

“Agora quase tudo está online… e nem todos nós entendemos de máquinas. Não merecemos essa exclusão. É por isso que estou pedindo um tratamento mais humano nas agências bancárias.

Tem que pedir por telefone mas liga e ninguém atende… E acabam te redirecionando para um aplicativo que, de novo, não sabemos usar. Ou eles o enviam para uma filial distante que você pode não ter como chegar. Cheguei a me sentir humilhado ao pedir ajuda em um banco e ser tratado como se eu fosse um idiota por não saber como concluir uma operação. Isso não é justo nem humano”, afirma o Sr. De Laorden.

Os problemas em questão afetam muitas pessoas, entretanto, os adultos mais velhos são os que mais sofrem quando precisam resolver os assuntos bancários do dia a dia.

Muitas pessoas mais velhas estão sozinhas e não têm ninguém para ajudá-los, e muitos outros, como eu, querem ser capazes de permanecer o mais independente possível também na nossa idade. Mas se complicam tudo e fecham os escritórios, estão excluindo aqueles que têm dificuldade em usar a Internet e aqueles que têm problemas de mobilidade.

Se você deseja assinar a petição do Sr. Carlos San Juan no Change.org, pode fazê-lo aqui.

“Assine para solicitar que os bancos sirvam as pessoas idosas sem obstáculos tecnológicos e com mais paciência e humanidade. E que mantenham agências abertas onde uma pessoa possa servi-lo…

Change.org - SoyMayorNoidiota- sr Carlos San Juan de Laorden

Não somos idiotas mesmo! O exemplo do Sr. Carlos deve ser seguido!

“Temos que lutar por nossos direitos, pacífica, mas incansavelmente.”, diz o Sr. Carlos em sua petição.  

Este é o conselho do Sr. Carlos San Juan de Laorden que começou a angariar apoio para a sua reclamação entre pessoas de sua família, amigos e conhecidos, e hoje com o impulso da Change.org chegou a todos os cantos de Espanha e já conta com mais de 600 mil assinaturas.

A luta do senhor espanhol de 78 anos já anuncia conquistas que beneficiarão muitas pessoas

Quando contatado, Carlos San Juan deixou claro ao jornal espanhol “20 Minutos” que não queria “desculpas individuais”, já que a luta é de “todo o grupo dos mais vulneráveis”.

Assim ele se pronunciou depois que a primeira vice-presidente e ministra da Economia e Transformação Digital, Nadia Calviño, aponto ao setor bancário, em reunião, a necessidade de adotar medidas para garantir o acesso de pessoas com mais de 65 anos aos serviços financeiros.

BOAS NOTÍCIAS DO SR. CARLOS EM 8 DE FEVEREIRO DE 2022

Estou um pouco nervoso, na verdade. E animado. Agora estou a caminho de Madrid porque hoje vou registrar nossas assinaturas tanto no Ministério da Economia quanto no Banco da Espanha.

Em ambas as reuniões explicarei por que nosso pedido é tão urgente, e falarei não só em meu nome, mas também em seu nome, no caso, 600.000 pessoas que me trouxeram aqui. E, acima de tudo, vou falar em nome de todas aquelas pessoas que precisam de uma melhoria na atenção nos bancos e que nunca aderirão a esse pedido. Eu os vi se sentindo sozinhos na frente de um caixa ou chorando na porta de uma agência. Para todos eles temos que continuar.

Hoje é o registro de assinaturas, mas não significa que nossa campanha termine aqui. Pelo contrário, se estou a caminho de Madri, é para dizer ao Ministério que não vamos desistir. O apoio dessas semanas e a velocidade com que excedemos meio milhão de assinaturas mostra que a exclusão financeira preocupa muitas pessoas. E se conseguirmos essa mobilização para melhorar a atenção dos bancos, não vamos ficar aqui.

Obrigado por se juntar a mim em um dia tão importante.”

A GRATIDÃO É NOSSA

O Senhor Carlos San Juan de Laorden agradece os seus apoiadores e nós o agradecemos pelo exemplo de coragem, sabedoria e determinação que demonstra o quanto nós, os maduros, somos capazes de agir e nos mobilizar na defesa de nossos direitos e nos interesses de toda a sociedade.

Como bem diz o Sr. Carlos: SOMOS VELHOS, NÃO IDIOTAS!

Silvia Triboni

Fundadora do projeto Across the Seven Seas, Repórter 60+ e Deputy Ambassador na Aging2.0 Lisbon

www.acrosssevenseas.com

(Imagens – Plataforma Change.org )

Comunicação inclusiva

Guia para não sermos etaristas em nossas comunicações

Por Silvia Triboni

Sabemos muito bem que o preconceito de idade é nocivo para as pessoas e para toda a sociedade. Entretanto, sabemos também que pequenas mudanças na maneira como falamos ou escrevemos sobre o envelhecimento e sobre as pessoas idosas podem ter impactos positivos e transformadores. Por esta razão é que este “Guia para não sermos etaristas em nossas comunicações” poderá nos ajudar a elaborar uma linguagem correta e inclusiva, que irá, inclusive, desafiar o preconceito etário (muitas vezes existente em nós mesmos).

É de conhecimento geral que o etarismo está generalizado na sociedade e pode ser encontrado em todos os lugares, desde os nossos locais de trabalho e até nos estereótipos que vemos na TV, na publicidade e na mídia.

Posto a linguagem e as imagens transmitirem significado que alimentam suposições e julgamentos preconceituosos, a leitura deste guia vai nos dar a confiança necessária para desafiarmos o idadismo e valorizarmos as representações positivas e realistas do envelhecimento que encontrarmos.

Esclareço que este “Guia para não sermos etaristas em nossas comunicações” apresenta uma síntese de artigos publicados para a Campanha Global de Combate ao Etarismo, da OMS Organização Mundial de Saúde, que visa melhorar a comunicação, e evitar o preconceito de idade em mensagens e imagens que usamos; pelo Centre for Ageing Better, uma fundação do Reino Unido destinada ao combate ao idadismo e valorização dos direitos humanos da pessoa idosa; e para a apresentação do Glossário Coletivo de enfrentamento ao Idadismo, criado pela Consultoria Longevida cujo objetivo é promover a cidadania da pessoa idosa no Brasil, com termos, expressões e depoimentos que denotam preconceito contra a pessoa idosa.

Ressalto, portanto, a importância da leitura na íntegra das referências acima mencionadas, com vistas ao conhecimento de todas as orientações que apresentam.

Boa leitura!

1 – Troque associações do envelhecimento a fragilidades, vulnerabilidades ou dependências

Guia para não ser etaristas - Silvia Triboni

Não se concentre apenas em retratos da velhice como um tempo de fragilidade,

ou como um estágio de vida associado a gostos particulares, por exemplo, o tricô.

Ser mais velho não significa necessariamente ser frágil, vulnerável ou dependente. Pessoas mais velhas continuam a ser ativas e participativas e contribuem de várias maneiras em seus locais de trabalho, comunidades e sociedade.

Adote representações realistas do envelhecimento:

– Dê voz aos adultos mais velhos

Histórias pessoais e as experiências dos adultos mais velhos podem dar destaque ao valor que há na diversidade etária.

Não reforce ideias de ‘envelhecimento bem-sucedido’ menosprezando as demais vivências. A forma como nós envelhecemos é frequentemente mais um produto do nosso ambiente do que de escolhas pessoais.

– Use uma linguagem neutra e precisa.

Evite termos que possam ser vistos como estigmatizantes, bem como aqueles que tenham sido usados com sentido pejorativo ou que estejam associados a uma competência inferior.

Evite dizer

. Não se refira a alguém como “Vô, Vó” (se não forem seus avós verdadeiros).

. Não chame as pessoas dos lares, ou institutos de longa permanência, de ‘pacientes’. Há pessoas que vivem nestes locais por opção. Mesmo onde a ajuda e assistência seja necessária à pessoa, evite esta expressão.

. Evite usar termos e linguagem que evoque pena e faça adultos mais velhos parecerem um grupo separado do resto da sociedade.

EXPERIMENTE

O termo adulto(s) mais velho(s); pessoa(s) mais velha(s) ou pessoa(s) idosa(s) são respeitosos e devem ser o padrão se forem claros e precisos ao se fazer referência à idade de alguém. Se possível, pergunte às pessoas que termos preferem.

Quando for relevante ser específico quanto à idade use: pessoas com 60 anos ou mais, etc.

2 – Evite o etarismo compassivo

A linguagem deve mostrar uma compreensão sobre a situação das pessoas, sem ser compassiva, estereotipada ou paternalista. É melhor usar uma linguagem objetiva e não enfocar apenas a idade, a deficiência ou outros estereótipos associados a diferentes faixas etárias.

Esteja atento ao preconceito compassivo, bem intencionado, de mentalidade paternalista, onde pessoas idosas são retratadas como vulneráveis e que requerem proteção.

Evite dizer

. Não use termos como ‘querida’, ‘jovem de coração’, ou ‘vó, ou vô’. Sempre se refira às pessoas por seus nomes.

. Não declare a idade de alguém, a menos que seja relevante. No entanto, se deve dizer a idade de alguém, seja específico.

. Evite linguagem sensacionalista negativa, do tipo: ‘vulnerável’, ‘desesperado’ e “apavorado” ou positiva, por exemplo: ‘amado’ e ‘sorridente’.

Guia para não sermos etaristas - Silvia Triboni

3 –  Não alimente conflito entre gerações

A ideia de um ‘conflito intergeracional’ tem ganhado relevo na sociedade. Há quem não concorde que os benefícios para as pessoas mais velhas custem tanto às pessoas mais jovens.

Evite dizer

. Evite metáforas que apresentem o envelhecimento em termos de crise.

Metáforas refletem uma percepção da geração baby boomer como um fardo social. Certos enquadramentos evocam imagens de um número incontrolável de adultos mais velhos que representarão um problema para a sociedade.

Evite as seguintes expressões:

 – Tsunami prateado

 – Penhasco demográfico

 – Bomba-relógio demográfica

EXPERIMENTE

Posicionar as informações sobre o envelhecimento da população de forma neutra, a permitir uma apresentação equilibrada das oportunidades e desafios associados à transição demográfica.

4 – Escolha as imagens com cuidado

As Imagens usadas ao lado de histórias sobre as pessoas idosas frequentemente são caricaturas sobre o envelhecimento. É importante mostrar representações positivas e que refletem a realidade da vida desses indivíduos.

Evite

Imagens com com adultos mais velhos a fazer paraquedismo ou com mãos enrugadas entrelaçadas. O uso generalizado deste tipo de imagem é desumanizante.

Embora isso possa refletir algumas das realidades das pessoas mais velhas, não representa todas as realidades que vemos na velhice.

EXPERIMENTE

. Experimente dar prioridade às imagens mais positivas e diversificadas que possam ilustrar melhor as diferentes realidades das populações mais velhas.

5 – Evite generalizações

Ter a mesma idade não significa que se é igual. Na verdade, tornamo-nos cada vez mais diversificados à medida que envelhecemos. Apesar dessa realidade, pessoas mais jovens e mais velhas tendem a ser retratadas de forma homogênea como uniformemente frágeis, vulneráveis e dependentes, ou invencíveis e ativas. As nossas experiências de vida e capacidades intrínsecas são apenas parcialmente correlacionadas com a nossa idade. Portanto, assumir que todas as pessoas de uma determinada idade são iguais não reflete com precisão o mundo ao nosso redor.

Evite fazer

. evite fazer descrições generalizadoras se referindo às pessoas mais velhas como ‘eles’ ou ‘deles’.

Pronome como “eles” e “deles” retratam pessoas mais jovens e mais velhas como se fossem um grupo separado e não parte de nossa sociedade.

EXPERIMENTE

Sempre que possível, tente usar uma linguagem inclusiva. Substitua “eles” ou “deles” por “nós” ou “nosso”. 

Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo - Longevida

6 – Adote o Glossário Coletivo de enfrentamento ao idadismo

Este glossário é mais uma ferramenta educativa criada pela Consultoria Longevida, no bojo das ações da Campanha de Enfrentamento ao Idadismo chamada “Lugar de pessoa idosa é onde ela quiser”.

O valioso material aqui apresentado foi produzido de forma colaborativa, com importantes parceiros, e reúne termos, expressões, frases e situações que revelam como o etarismo e o preconceito contra a pessoa idosa, estão presentes em nosso dia-a-dia. O melhor, muito de seu conteúdo foi apresentado, voluntariamente, por pessoas idosas, as quais relataram a linguagem preconceituosa, ou idadista, que mais a magoam, ou incomodam.

Vale a pena fazer o download gratuito do Glossário Coletivo de enfrentamento ao idadismo.

Muito obrigada!

Silvia Triboni

Fundadora do projeto Across the Seven Seas, Repórter 60+ e Deputy Ambassador na Aging2.0 Lisbon

www.acrosssevenseas.com

(Imagem principal: Chinese photo created by rawpixel.com – www.freepik.com)

DIA INTERNACIONAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 2021

Compilação da nota e logomarca: Romeu Sassaki

Em 2021, o tema do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência é “Liderança e participação das pessoas com deficiência por um mundo pós-Covid-19 inclusivo, acessível e sustentável”, a ser comemorado no dia 3 de dezembro.

        A comemoração deste Dia Internacional foi proclamada em 1992 pela resolução 47/3 da Assembleia Geral das Nações Unidas. O objetivo desta data comemorativa é promover os direitos e o bem-estar das pessoas com deficiência em todas as esferas da sociedade e do desenvolvimento, e aumentar a consciência sobre a situação das pessoas com deficiência em todos os aspectos da vida política, social, econômica e cultural.

        Atualmente, a população mundial é de mais de 7 bilhões de pessoas. Deste total, mais de um bilhão (ou aproximadamente 15%) vivem com alguma forma de deficiência. E deste bilhão de pessoas com deficiência, 80% vivem em países em desenvolvimento.

        Com base em muitas décadas de trabalho da ONU no campo da deficiência, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CRPD), adotada pela Assembleia Geral em 13/12/2006, tem avançado ainda mais os direitos e o bem-estar das pessoas com deficiência na implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e outras estruturas de desenvolvimento internacional.

        A Convenção (em seu Artigo 9 – Acessibilidade) visa permitir que as pessoas com deficiência vivam de forma independente e autônoma participem plenamente em todos os aspectos da vida e do desenvolvimento. Exorta os Estados Partes a tomarem as medidas adequadas para (1) assegurar que as pessoas com deficiência tenham acesso a todos os aspectos da sociedade, em igualdade de oportunidades (nos mesmos espaços ocupados pela maioria da população) e em equidade de condições (na medida justa da singularidade e especificidade de cada pessoa; e (2) identificar e eliminar os obstáculos e barreiras à acessibilidade.

        O logotipo do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência – este que aparece em destaque no início do texto – é o mesmo desde 1992.

Portanto, o símbolo do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência é o mesmo do Ano Internacional das Pessoas Deficientes. O seu significado é o mesmo: representa duas pessoas que se dão as mãos, numa atitude mútua de solidariedade e de apoio em plano de igualdade, circundadas por uma parte do emblema da ONU.

Silvia Triboni entrevista Gianni Pes

Blue Zones – Sardegna nos dias de hoje

Texto e imagem principal: Silvia Triboni

Acredito que você já saiba o que são, e onde estão localizadas as Blue Zones. Aquelas 5 regiões do mundo em que as pessoas chegam aos 100 anos, ou mais, e com muita saúde! Entretanto, caso não saiba, apresentarei uma síntese sobre estas famosas localidades onde os seus habitantes se destacam em longevidade ativa e feliz.

Primeiramente, gostaria que soubesse que interesso-me por tudo que possa nos inspirar à construção e manutenção de nosso protagonismo sênior, razão pela qual decidi estudar as Blue Zones. Para tanto, iniciei a missão Centenarian que tem por objetivo explorar as famosas zonas azuis, tendo iniciado o estudo pela primeira região declarada Blue Zone – a Sardegna, na Itália, onde estive em outubro deste ano.

Sardenha - Blue zones
Sardenha foi a primeira região declarada Blue Zone (Imagem: Unplash)

O que são e como surgiram as Blue Zones?

Blue Zones (zonas azuis) é um termo não científico dado a regiões geográficas que apresentam habitantes que atingem idades mais elevadas em comparação ao resto do mundo. São pessoas que vivem com mais de 90 e 100 anos.

O termo apareceu pela primeira no artigo do jornalista Dan Buettner, de novembro de 2005, da revista National Geographic, “The Secrets of a Long Life”.

Contudo, o conceito das Blue Zones surgiu em 2004, na ilha da Sardenha, a partir do trabalho demográfico feito pelos pesquisadores Gianni Pes e Michel Poulain, e outros cientistas, descrito no jornal Experimental Gerontology, que identificou a província de Nuoro, em Ogliastra na Sardegna, como uma região de excepcional concentração de homens centenários.

A equipe de pesquisa investigou uma peculiaridade genética de seus habitantes: o marcador M26. Constataram que este gene é ligado à longevidade excepcional dos residentes daquela ilha, um gene que permaneceu imutável nos habitantes daquele lugar. Entretanto, descobriram, também, que não só a genética dos sardos era responsável pelo alto índice de longevidade. Constataram que o estilo de vida saudável, e muito tradicional, era um fator preponderante na manutenção da saúde integral e dinamismo daquele povo.

Posteriormente outras 4 regiões foram investigadas pelos citados cientistas, e classificadas como Blue Zones. São elas ao todo: Icaria (Grécia); Ogliastra, Sardenha (Itália); Okinawa (Japão); Península de Nicoya (Costa Rica) e Loma Linda, Califórnia (EUA).

Blue Zones – Sardegna nos dias de hoje – Entrevista com o cofundador Dr. Gianni Pes

Deste modo, de posse de meus estudos prévios fui para Sardegna experimentar e saber mais sobre o viver dos centenários sardos. Para tanto, tive o privilégio de entrevistar um dos fundadores das Blue Zones, o Professor Gianni Pes, que gentilmente recebeu-me em Cagliari, capital da Sardegna, onde pudemos conversar sobre a vida atual daquela Blue Zone e outros tópicos interessantes, como você poderá constatar abaixo..

Silvia Triboni entrevista Gianni Pes
Silvia Triboni esteve na Sardegna e entrevistou Giovanni Pes (Imagem: Silvia Triboni)

Giovanni Pes é médico e pesquisador sênior do Departamento de Medicina Clínica e Experimental da Universidade de Sassari, Sardenha, Itália. É cofundador das Blue Zones, sendo também responsável pela identificação e certificação de outras zonas azuis ao redor do mundo. Dr. Pes é expert em nutrição, dietética, diabetologia e geriatria e continua a se concentrar em fatores nutricionais e de estilo de vida associados a uma vida longa.

Silvia Triboni – Professor Gianni muito obrigado por este privilégio de poder entrevistá-lo e poder saber um pouco sobre a sua experiência, sobre o seu trabalho associado à longevidade dos habitantes da Sardegna, e sobre a criação das Blue Zones. Agradeço e peço que nos conte um pouco de sua trajetória.

Professor Gianni Pes – Muito obrigado, eu sou médico e trabalho na Universidade de Sassari, na Sardenha, na Itália. Tudo começou há quase 20 anos quando eu estudava a distribuição da mortalidade entre as pessoas daquela região e descobri que havia uma parte montanhosa central da ilha onde a mortalidade era menor do que em qualquer outro lugar. Pensei que naquela área o número de centenários deveria ser maior do que em outros lugares e, então, eu e o meu colega começamos a visitar uma a uma todas as municipalidades da Sardegna. Foi quando descobrimos muito rapidamente que havia uma concentração de centenários em seis ou sete aldeias no topo das montanhas da ilha.

Demos àquelas regiões o nome de Blue Zone porque nós tínhamos um marcador azul que usávamos todas as vezes que nós descobríamos uma região onde o número de centenários ultrapassava o que tínhamos como referência. Foi quando decidimos escrever os primeiros artigos científicos que adotamos este termo BLUE ZONE. Na época eu não imaginei que isso se tornaria tão famoso mundialmente.

Silvia Triboni – Após quase 20 anos, os descendentes das pessoas pesquisadas que naquela época tinham 60 ou 70 anos de idade, podem estar agora com 90 ou mais anos. Esses descendentes seguem a receita de seus ancestrais para uma vida longa e saudável? Como é a vida dos descendentes daqueles primeiros centenários identificados na pesquisa?

Professor Gianni Pes– Em primeiro lugar, gostaria de dizer que eu tive a sorte de estudar os centenários 20 anos atrás, e hoje em dia para que eu possa comparar de alguma forma, eu precisaria olhar para o estilo de vida deles, por exemplo, para a dieta. Acho que existem algumas diferenças entre os centenários de há 20 anos com os centenários de hoje em dia. Não sei se é o número de centenários é o mesmo ou está subindo.

Alguns colegas dizem que provavelmente a zona azul desaparecerá e isto é muito triste para mim. Espero que estejam errados. Mas, de acordo com alguns colegas, existem indicações de que a força da longevidade está a diminuir, e, segundo eles, a razão é o estilo de vida das gerações mais jovens que é diferente do estilo de vida dos antigos centenários. Eu realmente espero que eles estejam errados e a Blue Zone continue a existir.

Silvia Triboni – Espero que sim também, Professor! E falando sobre o atual estilo de vida das pessoas idosas de hoje em dia, gostaria de saber se eles são influenciados pela tecnologia, e uso de redes sociais? Se sim, isto é positivo, ou não, para a longevidade.

Professor Gianni Pes: Eu diria que em geral na Sardegna as pessoas mais idosas são capazes de usar a tecnologia mas de uma forma bem simples. Muitos deles são capazes de usar o celular ou, em alguns casos e raramente usam o computador.

Os centenários de 20 anos atrás viviam em um ambiente cultural completamente diferente. Eles eram às vezes pobres pastores, ou fazendeiros, e representavam uma cultura que está praticamente desaparecendo. Não eram familiarizados com a tecnologia, mas agora a situação mudou, por exemplo, a maioria deles tem um celular e podem ligar para os parentes.

O turismo em massa nas Blue Zones

Silvia Triboni: As Blues Zones se tornaram mundialmente famosas, a atraírem um grande número de turistas ansiosos por conhecerem, de perto, a receita da longevidade. O turismo é mau, ou não, para o ecossistema das Blue Zones?

Professor Gianni Pes: Eu realmente penso que é perigoso. Temos testemunhado uma espécie de turismo em massa nas Blue Zones. Infelizmente, e provavelmente, devido ao nosso trabalho muitas pessoas querem visitar todas as Blue Zones.

Silvia Triboni – Professor, eu soube que a Blue Zone de Okinawa está sofrendo pelo turismo em massa. É verdade?

Professor Gianni Pes – Entre as Blue Zones, provavelmente em Okinawa o nível de longevidade está decrescendo. Não especificamente por causa do turismo, mas pelo fato de que a geração mais jovem não segue mais a tradição dos mais velhos, especialmente quanto à dieta. Seguem a dieta ocidental e esquecem a tradicional dieta de Okinawa rica em alimentos do mar e em vegetais. Passaram, provavelmente, de uma dieta baseada em vegetais para uma dieta com mais carne e gordura.

Novas Blue Zones?

Silvia Triboni: Professor, o senhor já ouviu falar de Veranópolis, uma cidade no Brasil age-friendly e com alto índice de longevidade?

Professor Gianni Pes – Sim. Estou feliz por saber que há cidades que podem se candidatar a serem Blue Zones. Ainda que sejam não oficiais, podem vir a ser desde que possam comprovar cientificamente as condições de longevidade.

Um ponto muito interessante, é que há governos, como o exemplo de Singapura, que decidiu seguir, o que podemos chamar, a filosofia das Blue Zones.

O governo de Singapura, na Ásia, decidiu contar com nosso trabalho sobre as Blue Zones para modificar, ou tentar modificar, o estilo de vida de pessoas idosas, por exemplo ajudando-os a ter um contato mais próximo com a geração mais jovem, criando, por exemplo, casas onde avós e netos vivem juntos. Isso é emocionalmente muito importante. Esse intercâmbio entre as gerações é realmente uma das coisas mais importantes para se envelhecer graciosamente.

Qual é a receita de longevidade dos centenários da Sardegna?

Silvia Triboni: O senhor afirma que a genética não é o fator determinante para a especial longevidade do povo da Sardegna. Quais são os fatores mais importantes para este fenômeno? Qual é a receita de vida longa dos centenários da Sardegna?

Professor Gianni Pes: Primeiramente, devo dizer honestamente que não podemos mais seguir a vida dos anciãos sardos porque eles viviam em uma era completamente diferente da atual.

Não podemos viver como os pastores sardos, por exemplo. Estamos vivendo em uma sociedade moderna e rápida. Então, a única coisa que podemos aprender com a zona azul da Sardenha é tentar pegar alguns aspectos específicos de suas vidas, como, por exemplo, o da atividade física.

Não precisamos ir para as montanhas como os pastores da Sardenha que caminhavam 30 quilômetros por dia. Isso foi algo excepcional mesmo naquele tempo. Nós não podemos fazer isso em nossas vidas cotidianas, mas podemos tentar aumentar a nossa atividade física e principalmente a atividade física aeróbica em espaços abertos.

Outra coisa que nós podemos tentar modificar é a nossa dieta. Diminuir a quantidade de gorduras e açúcares que comemos todos os dias, tentando comer mais frutas e vegetais como faziam os velhos sardos.

Podemos também tentar melhorar o nosso relacionamento com as outras pessoas e familiares. Em grandes cidades os parentes são negligenciados, não são cuidados, então isso deveria mudar se quisermos viver, não digo necessariamente até os 100 anos, mas, pelo menos, para envelhecermos sem doenças. O que é importante não é viver mais, mas sem doenças. Este é o esforço que devemos fazer.

Silvia Triboni – Parar de consumir o leite de vaca e reduzir o consumo da carne, como fazem os longevos da Sardenha, pode ser um bom começo?

Professor Gianni PesReduzir o consumo da carne é importante. Entre os anciãos da Sardenha a carne era consumida apenas uma ou duas vezes por mês.

Eles comiam muito queijo mas não do leite de vacas, mas de ovelha ou cabra. A qualidade do queijo e do leite são completamente diferentes. Isso significa que são proteínas animais que podem ser consumidas especialmente após uma certa idade, porque você sabe que tendemos a perder músculos com a idade, e aumentar o consumo de proteínas de origem animal é bom, mas não de carne. Proteínas animais como leite, queijo ou ovos que não são tão perigosos.

Há preconceito etário na Sardenha?

Silvia Triboni – Atualmente há um grande debate sobre o preconceito etário. Gostaria de saber o seu ponto de vista sobre o etarismo, na Itália, e, especificamente na Sardenha. Há etarismo naquela Blue Zone?

Professor Gianni Pes – Não na Sardenha, mas sim em outras regiões da Itália.

Este tipo de discriminação está aumentando porque a geração mais jovem as vezes não está disponível para cuidar de pessoas idosas.

O preconceito de idade na Blue Zone é quase ausente pois os longevos ali são muito respeitados pelos jovens. A população tem orgulho de ter estes centenários. Eles representam o símbolo da força de toda a população. Mas eu não posso excluir isso no futuro, que esta atitude atual desapareça. Ninguém sabe. Temos que esperar para ver se algo vai realmente mudar.

Silvia Triboni – Suas palavras são muito importantes e vou compartilhá-las muito entre brasileiros e portugueses, pois precisamos saber que hoje, na Blue Zone Sardegna o etarismo não existe.

Terminando a nossa conversa, peço-lhe as suas palavras finais para os meus amigos e leitores brasileiros e portugueses, os quais certamente terão muito orgulhoso de poder aprender com os seus conselhos.

Professor Gianni Pes: Eu diria que o melhor conselho é o seguinte:

tente amar as pessoas que vivem ao seu lado. É o melhor conselho. Não para ter uma vida longa, mas para envelhecer graciosamente.

Assista o vídeo da entrevista realizada em Cagliari, Sardenha, Itália, no dia 16.10.2021:

Uma experiência inusitada: a criação da Escola de Conselhos de Direitos da Pessoa Idosa “Professor Paulo Freire”.

Por Sandra Regina Gomes

Neste 19 de setembro de 2021, completa-se o centenário de nascimento do professor Paulo Freire e não poderíamos deixar passar esta data sem enaltecer aquele que foi – e ainda é – o maior educador brasileiro que se tem notícia, reconhecido nacional e internacionalmente. Celebrar Paulo Freire é enaltecer o seu espírito, que sempre se apresentou com pensamentos rebeldes, temperado com critica, com trabalho coletivo, com fomento para que os sujeitos fossem protagonistas de sua história, com sonhos de justiça e equidade. Ele acreditava que a alegria se constrói coletivamente e que o foco principal é o cuidado. E que a educação é pautada na amorosidade.

Tendo como diretrizes estes pressupostos, em setembro de 2017, criei a Escola de Conselhos de Direitos da Pessoa Idosa “Professor Paulo Freire”, quando assumi a Coordenação de Políticas para Pessoa Idosa, na Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), da Prefeitura de São Paulo. A ideia de criar esta escola ocorreu logo nos primeiros encontros com o Grande Conselho Municipal do Idoso (GCMI), quando pude perceber a necessidade urgente de formação de seus membros.

A proposta da Escola de Conselhos de Direitos da Pessoa Idosa “Professor Paulo Freire” surge, então, com o compromisso efetivo e pedagógico de fomentar práticas participativas de democratização da sociedade civil, tendo por inspiração as bases legais e institucionais pertinentes à atuação dos conselheiros. Assim, ao assumir o papel de “educador” o município contribui para o avanço da construção de uma cidadania ativa entre os conselheiros e conselheiras eleitos. Tal escola procura enfatizar que os benefícios de uma aprendizagem ao longo da vida têm impacto positivo na autoestima das pessoas com 60+, fortalece a autoconfiança e estimula a participação social.
Paulo Freire tem como proposta a educação dialógica, em que o educador e o educando aprendem juntos, e que o professor não tem o saber absoluto e o principal objetivo é a troca de experiência com a valorização da cultura desses atores.

Neste contexto, podemos afirmar que as pessoas idosas são atores sociais em destaque porque trazem as suas histórias e seus conhecimentos para criarem, em conjunto, uma forma de participação, promovendo processos de mudança de atitudes e valores, comportamentos para ampliarem a democratização e a consciência cidadã.
A sinergia entre estes pressupostos pedagógicos e o Envelhecimento Ativo da Organização Mundial de Saúde (OMS) é inquestionável por ter em um dos seus pilares a aprendizagem ao longo do tempo, um recurso renovável que melhora a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem.

A Escola

O objetivo geral da Escola de Conselhos é capacitar os conselheiros e lideranças da comunidade para o exercício do protagonismo político na concretização dos direitos de cidadania das pessoas idosas.
A decisão sobre o conteúdo, forma de trabalho, abordagens e propostas metodológicas foram feitas com base nos conhecimentos e vivências dos conselheiros eleitos, dos candidatos ao Conselho e de lideranças dos Fóruns de Direitos da Pessoa Idosa da Cidade de São Paulo.

A Escola de Conselhos tem como foco o acesso à informação das estruturas e da operacionalização do Estado, para que o conselheiro e a conselheira tenham maior desenvoltura para o exercício do controle social. A proposta não é tecnocrática, mas orgânica, posto que proporciona espaços de análises e debates no processo de construção do conhecimento, para que os participantes sejam protagonistas políticos de direitos.

Foram realizadas até a presente data, quatro turmas da Escola de Conselhos de Direitos da Pessoa Idosa “Professor Paulo Freire”, com a participação total de 200 alunos e alunas. No encerramento das atividades, os alunos recebem um certificado.

Ética

Com a palavras, o professor Paulo Freire: “Acho-me absolutamente convencido da natureza ética da prática educativa, enquanto prática especificamente humana. É que, por outro lado, nos achamos, ao nível do mundo e não apenas do Brasil, de tal maneira submetidos ao comando da malvadez da ética do mercado, que me parece ser pouco tudo o que façamos na defesa e na prática da ética universal do ser humano. Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não ser assumindo-nos como sujeitos éticos. Neste sentido, a transgressão dos princípios éticos é uma possibilidade, mas não é uma virtude. Não podemos aceitá-la” (livro Pedagogia da Autonomia, página 19):

Quando o professor Paulo Freire fala sobre ética, entendemos que tem relação direta com a construção de uma sociedade mais justa, humana e fraterna, onde o homem seja sujeito de sua própria história e respeite os direitos da coletividade. Ele nos conduz a sermos agentes de seu pensamento, das suas ideias, imbuídos de suas referências para criarmos espaços em que possamos esperançar, termo cunhado pelo pedagogo inspirador de nosso trabalho. O modelo de sociedade que ele defende é aquela sem oprimidos e opressores e a educação como prática de liberdade.

Testamento vital: já fez o seu?

Por Silvia Triboni*

Nesses tempos de distanciamento social provocados ela pandemia temos nos preocupado em preencher os nossos dias da melhor forma possível. Trabalho remoto; cursos à distância; reuniões online; concertos e espetáculos à distância são apenas algumas das atividades que temos feito nesses dias atípicos.

Mas, será que nesta ânsia de nos ocuparmos de maneira plena e produtiva não estamos a deixar de providenciar algo importante, que poderia facilitar a nossa vida futura e da nossa família?

Já pensou em elaborar o seu Testamento Vital, uma modalidade de Diretivas Antecipadas de Vontade?

Certamente, muitos afirmarão que seus dias têm sido plenos, e que ao final dessa pandemia sentirão que não desperdiçaram o seu tempo enquanto isolados, e, isso será muito bom. Se este é o seu caso, está aí mais um bom argumento para “arregaçar as mangas” e deixar em dia a sua pasta de documentos importantes, formalizando as suas vontades num Testamento Vital, também chamado Diretivas Antecipadas de Vontade.

Saiba que o Testamento Vital é um documento escrito que tem o objetivo de registar o tipo de atendimento médico ou cuidados de saúde, que gostaríamos de receber, ou não, perante uma doença com risco de morte, para que seja apresentado ao serviço de saúde no caso de estarmos impossibilitados de expressar a nossa vontade.

Por que fazer um Testamento Vital?

Ao longo de nossas vidas não costumamos pensar no seu término. Na verdade, evitamos lembrar que somos mortais. Entretanto, quando decidimos pensar a respeito disso, imaginamos que um dia poderemos ser submetidos (a nosso contragosto) a certos procedimentos médicos longos e dolorosos, os quais não necessariamente garantem uma boa sobrevida do paciente, e isso nos causa algum receio.

Afinal, temos o direito de não querer:

  • uma reanimação cardiorrespiratória;
  • ser submetidos a meios invasivos de suporte artificial de funções vitais;
  • medidas de alimentação e hidratação artificiais que apenas visem retardar o processo natural de morte;
  • tratamentos que se encontrem em fase experimental.
  • ser internados em uma instituição de longa permanência 

Estas são apenas algumas das razões que justificam temos em mãos o nosso Testamento Vital.

Nossas diretivas se destinam, portanto, à expressão destes nossos desejos, podendo, inclusive, incluir pedidos especiais como:

  • a assistência religiosa para quando se interrompam os meios artificiais de vida,
  • a presença de determinada pessoa para nossas despedidas.

Importante ressalvar que a recusa do nosso Testamento Vital aos tratamentos citados não diz respeito aos cuidados paliativos, caso possamos vir a precisar, uma vez que eles visam aliviar o sofrimento e possibilitar uma morte digna.

A urgência do Testamento Vital na pandemia da COVID-19

Ficou claro que a COVID-19 não vê idade, classe social ou condição de saúde, pois pode afetar todos.

Normalmente, quando pessoas hospitalizadas estão doentes demais para se manifestarem, seus entes queridos são chamados. Ocorre que as medidas de isolamento contra a COVID-19 podem impedir que familiares estejam presentes, a dificultar aos médicos o conhecimento dos desejos do doente.

Se o familiar não puder ser contactado, o paciente poderá ser intubado, e a ressuscitação poderá ser feita ao contrário da vontade do paciente.

Indivíduos mais velhos com doenças crônicas têm maior probabilidade de desenvolverem doenças graves em razão da COVID-19, sendo, eles, pessoas que podem querer uma morte natural, ou para os quais a cura poderia ser uma exceção. A disponibilidade de um Testamento Vital nessas horas seria providencial.

O momento é delicado e justifica a presente reflexão acerca da preparação do nosso Testamento Vital ou Diretivas Antecipadas de Vontade.

Ponderações e conversas importantes

1 – Reflita

Redigir este documento envolve algumas etapas, sendo a primeira delas, a nossa vontade, a análise introspectiva de nós mesmos, quanto ao que realmente queremos em face da possibilidade de final de vida.

Relevante deixar claro, que o Testamento Vital não diz respeito à eutanásia. Autoriza a escolha entre o adiamento da morte ao custo de sofrimento e a ortotanásia, ou seja, a possibilidade de ter uma morte digna, mediante o desejo do paciente, sem prejuízo de a ele serem oferecidos os cuidados paliativos para alívio da dor e outros sofrimentos.

2 – Converse com o seu médico.

Antes de escrever o seu Testamento Vital converse com o seu médico de confiança e entenda claramente o que as suas escolhas poderão significar.

Aprenda um pouco sobre intervenções médicas que sustentam a vida, como, por exemplo:

  • ressuscitação cardiopulmonar (medidas para reiniciar o coração e a respiração);
  • intubação (uso de um ventilador para respirar);
  • nutrição artificial (alimentação por meio de um tubo no nariz ou no estômago).

3 – Envolva a sua família nesta decisão.

Fale abertamente com a sua família sobre os seus valores e desejos para que o seu Testamento Vital seja realmente respeitado.

Na ocorrência das intervenções mencionadas acima, o sistema de saúde poderá fazer perguntas difíceis a nossos filhos, ou cônjuges, situação em que emoções desafiadoras surgirão. Porém, de posse de nossa diretiva antecipada de vontade, as respostas a tais questões serão menos angustiantes, pois expressará os cuidados que desejamos receber do atendimento médico.

*

Silvia Triboni é editora e produtora de conteúdo sobre longevidade, economia prateada e benefícios do turismo para o envelhecimento saudável no site Across Seven Seas www.acrosssevenseas.com

silvia.triboni@gmail.com

Compêndio de publicações a cerca de envelhecimento e pessoa com deficiência

Pessoas com deficiência que ficaram idosas e as que, na terceira idade, tiveram uma deficiência

Romeu Kazumi Sassaki

Publicado em junho de 2021 no projeto

Romeu Sassaki – Sociedade Inclusiva (apoia.se/romeusassaki)  

INTRODUÇÃO

        O tema “envelhecimento humano” sempre chamou a minha atenção desde a juventude. Lembro-me de ter assistido, naquela época, à apresentação de uma peça teatral baseada na novela “A Lenda da Balada de Narayama”, que retrata uma realidade da época do Japão feudal extremamente pobre, onde a comunidade travava diariamente a luta pela sobrevivência, de acordo com a disponibilidade de comida e pessoas a serem alimentadas. Havia então um costume segundo o qual os anciãos com 70 anos ou mais, adoentados e fragilizados (por isso considerados inúteis), eram levados pela própria família a uma longínqua localidade para passar ali os seus últimos dias de vida. Impactante…

        Em 27/07/1985, a terapeuta ocupacional Marli Kiyoko Fujikawa (do Hospital das Clínicas da FM-USP) e eu (professor da Faculdade Paulista de Serviço Social) atuamos como debatedores da palestra “A Chamada Terceira Idade entre os Nikkeis no Brasil”, proferida por Tomiko Tanaami Born, professora de Gerontologia Social do Instituto Sedes Sapientiae e assistente social. A palestra fez parte da III Convenção Pan-americana Nikkei, com a participação de 51 profissionais vindos dos EUA, Canadá, México, Peru, Uruguai e Bolívia, além da delegação brasileira.

        Seguiram-se outros eventos relacionados à questão do envelhecimento da população em geral e de pessoas com deficiência em particular.

PREFÁCIO

        Espero completar, no dia 29 de julho de 2021, 83 anos de vida. Há 61 anos, venho atuando como especialista no campo do atendimento a pessoas com qualquer tipo de deficiência em qualquer faixa etária. Posso dizer que, durante cerca de 22 anos (de 1938 a 1959), a vida me proporcionou diversas vivências significativas diretamente junto a pessoas com deficiência, primeiro com algumas crianças da minha idade e, à medida que ia crescendo, conheci alguns adolescentes, jovens, adultos e idosos – todos com deficiência.

        Para este artigo, pensei em focalizar a questão do envelhecimento com o olhar sobre os dois grupos descritos no título. Então fiz um levantamento do vasto material que colecionei principalmente após 1960. Por que 1960? Por dois motivos simultâneos: (1) Durante o dia, iniciei estágios supervisionados atendendo meus clientes com deficiência, quaisquer que fossem as áreas de interesse e as faixas etárias. (2) À noite, comecei a estudar na Faculdade Paulista de Serviço Social, onde tive aulas sobre o tema “reabilitação de pessoas com deficiência”, entre outros.

        Assim, convido vocês para darmos uma voltinha cronológica navegando por publicações que trataram desta importantíssima questão. Adotei o sistema de transcrever os títulos em ordem cronológica, apontando seus autores e dados de publicação. Os títulos sugerem a complexidade do conteúdo: cenários, problemas, soluções, sentimentos, retrocessos e avanços.

        Mesmo considerando apenas as publicações em português, a quantidade é grande. Precisei fazer uma rigorosa seleção. Pois seria impossível transcrever todo o conteúdo da literatura disponível.         Então, tive a ideia de redigir um texto formado somente com os títulos das publicações sobre o tema do envelhecimento e sem intercalar nenhum comentário pessoal meu. 

        Vocês gostariam que eu sugira uma técnica específica para lerem com proveito o texto compilado?

        Simplesmente, leiam apenas os títulos (sem se preocuparem muito com nomes dos autores, locais de publicação, datas, páginas etc.). À medida que forem lendo, tentem raciocinar, refletir – com liberdade e criatividade. Resultado: Vocês obterão uma noção aproximada da realidade que os títulos sugerem. De que maneiras o tema tem sido tratado pela sociedade ao longo dos anos? Como evoluíram as práticas de atendimento às pessoas com idade avançada? Melhoraram? Regrediram? Estagnaram?

        Todos os títulos foram publicados em língua portuguesa, dos quais a grande maioria descreve a realidade brasileira e poucas se referem à situação em outros países.

TÍTULOS DOS LIVROS, REVISTAS E ARTIGOS

Eis as publicações em ordem cronológica de 1956 a 2018.

Hotéis em vez de asilos. Uma ideia arrojada que bem pode ser uma grande descoberta social. William Dutton, Seleções do Reader’s Digest, maio 1956, p. 123-124, 126, 128,130, 132.

Façamos a velhice esperar. Surpreendentes descobertas no campo da nutrição contribuem para afastar os processos de envelhecimento que podem iniciar-se antes de sermos velhos em idade. Paul de Kruif, Seleções do Reader’s Digest, agosto 1957, p. 82-86.

Aos 65, novo emprego. Thomas C. Desmond, Seleções do Reader’s Digest, nov. 1959, p.131, 132, 135, 136.

Homem vive cada vez mais: Está criando problemas o aumento da média de vida. Visão, p. 34, 10/02/1961.

Lar das Velhinhas, instituição pinheirense: Será construído prédio próprio no Jardim Boa Vista. Completa assistência médico-social. O que é a obra das Irmãs de Nossa Senhora das Mercês. O bazar beneficente. Gazeta de Pinheiros, 13/04/1961.

Velhos, o novo desafio. Luiz Weis, Realidade, março 1969, p. 21-39.

Será a hora dos velhos? O anúncio, publicado nas principais revistas e jornais do país, espantou muita gente. Seria o primeiro indício de que o “poder jovem” já não é tão forte? Ou é uma mudança em relação ao conceito de velhice? Ter ou não ter mais de 30 anos, eis a nova questão. Jornal do Bairro, 9/07/1969.

São 50 velhinhos mortos. Há história mais triste? Todos os velhinhos estavam dormindo, quando começou o incêndio no asilo. O Estado de S.Paulo, 3/12/1969.

Velhos desempregados oferecem-se. Que empresa os quer? Sérgio Paulo Freddi, Folha de S.Paulo, 19/04/1970.

Mais de mil velhos nas casas de caridade de SP. Folha de S.Paulo, 15/09/1970.

Casa dos Velhinhos Ondina Lobo traz amor para 108 desamparados. Folha da Tarde, 22/10/1970.

O poder velho. Vamos reexaminar seriamente certos mitos persistentes relativos às possibilidades e características das pessoas idosas. Mae Rudolph, Seleções do Reader’s Digest/Family Health, nov. 1970, p. 99-100, 102.

A universidade dos velhinhos. Esta faculdade de Direito de primeira classe só recruta seus professores entre pessoas de mais de 65 anos. Os impressionantes resultados obtidos sugerem um caminho para muitas instituições em busca de talentos. Charles Stevenson, Seleções do Reader’s Digest, jan. 1971, p. 73-76.

O drama de ser velho: ‘Meus filhos não me querem mais’. ‘A gente trabalha a vida inteira, faz tudo pelos filhos, e eles enfiam o pai num asilo. Não aguento mais: Hoje eles vão ouvir’. Jorge Andrade, Claudia, jan. 1971, p. 73, 75, 77.

Prolongar a vida humana. A ciência tem condições de nos prometer isso? Pilulas, banhos de cera e regimes para reduzir o peso são algumas das novas formas usadas na luta do homem moderno por uma vida cada vez mais longa, e uma velhice prolongada e mais satisfatória. J. Reis, Folha de S.Paulo, 6/06/1971, p. 65-66.

A arte de envelhecer bem dispensa asilos. Lenita Miranda de Figueiredo, Folha Ilustrada, 6/03/1971.

Dez velhos são abandonados diariamente. Folha de S.Paulo, 7/03/1971.

Seminário vai dizer se o velho é antes de tudo um só. O Estado de S.Paulo, 7/03/1971.

A velhice é um problema em SP pela falta de interesse geral. O Estado de S.Paulo, 16/03/1971.

França: Aposentadoria também é um sonho. Henri Trinchet, O Estado de S.Paulo/L’Express, 18/04/1971.

Uma pergunta: Quais são as perspectivas do homem ante o envelhecimento? J. Pereira, Diário de S.Paulo, 22/08/1971, p. 3.

O asilo de velhinhas. Lá você vai encontrar um homem de 73 anos. Ele está lutando. Álvaro de Faria, Diário de S.Paulo, 22/08/1971, p. 4.

Os velhos discutem seus problemas. Suzanna Frank, a líder de 67 anos. Folha de S.Paulo, 14/09/1973.

Chega a idade e o trabalho é difícil. O Estado de S.Paulo, 19/09/1971.

Como curar a velhice: Os especialistas descrevem o processo do envelhecimento como uma moléstia debilitante, que prejudica a pele, os cabelos, a visão, a audição, a beleza do corpo e a musculatura. Como prevenir – ou remediar – essa “doença”? Cláudio Salgueiro, Realidade, ano VIII, n. 87, junho 1973, p. 79-91.

Semana pró-idosos termina no Sesc. Folha de S.Paulo, 29/09/1973.

Velhos. O aposentado queria trabalhar. E cada vez mais ele ouvia a palavra ‘não’. O Estado de S.Paulo, 9/11/1973.

Velhos se reúnem para contestar a velhice. A prática mostra os resultados. 35 anos, o começo do fim da carreira. Um projeto oportuno para os empregados. Itaboraí Martins, O Estado de S.Paulo, 23/09/1973.

Os idosos debatem as leis da sua aposentadoria. Em Itaquera, festa para 205. Folha de S.Paulo, 28/09/1973.

Exercício contra velhice é conclusão de congresso. Diário do Grande ABC, 8/11/1973.

No Brasil, cinco milhões de velhos. Que lei os protege? O Estado de S.Paulo, 28/08/1974.

Geriatria, resposta a muitos problemas. O debate é sempre o melhor caminho. Aos 96 anos, está é dona Catarina. Mentira? A velhice começa aos 35 anos. Marco Antonio Montandon, Folha de S.Paulo, 22/09/1974.

Em SP, 400 mil são velhos e reclamam ajuda de todos. Dailor Varela, Folha de S.Paulo, 29/09/1974.

Previdência vai amparar os maiores de 70 anos. O Estado de S.Paulo, 24/10/1974.

Governo vai amparar a velhice. Shopping News, 27/10/1974.

INPS regulamenta programa de assistência a idosos. Folha de S.Paulo, 5/11/1974.

Os velhos esperam uma cidade, não um asilo. Abandono, apenas o começo do fim. Medo é pior que a própria idade. O Estado de S.Paulo, 1º/12/1974, p. 68.

Recanto da Vovó: A caridade em busca de maiores recursos. Folha da Tarde, 27/12/1974.

Uma fazenda comunitária para os velhos e aposentados de S.Paulo. Jornal do Bairro, 29/01/1975.

Assistência médica a inválidos e maiores de 70 anos. Folha de S.Paulo, 15/02/1975.

Pedro II, onde o velho não tem idade. Artur Bernardes Júnior, Revista Promoção Social, n. 1, maio 1975, p. 31-35.

Geriatria: A experiência que deveria ser copiada. A assistência médico socioeconômica tem sido motivo de constante preocupação das autoridades governamentais dos países desenvolvidos. Na Itália, por exemplo, uma nova lei hospitalar determina a inclusão de uma unidade geriátrica em cada hospital geral, o que torna o tratamento mais eficiente e econômico. No Brasil, no entanto, esse assunto é pouco explorado e portanto a experiência é pequena. Possuímos somente uma unidade geriátrica, a de Franco da Rocha, que atualmente enfrenta uma série de dificuldades. Shopping News, 8/06/1975.

Velhice deverá ter um amparo maior. O Estado de S.Paulo, 15/06/1975.

No lar dos velhinhos, a vida que recomeça. O Estado de S.Paulo, 3/08/1975, p. 10-12.

Velhice: A consciência começa a ser formada. Shopping News, 7/09/1975.

Idosos. Cabelos tingidos, roupas domingueiras, estes senhores saem em excursão. Com o ânimo de colegiais. Marcos Faerman, Jornal da Tarde, 11/10/1975, p. 2.

Movimento pró-Idoso em S.Paulo. Folha da Tarde, 5/10/1976.

Idoso poderá competir nas indústrias. Folha de S.Paulo, 23/01/1977.

Denúncias contra um asilo em São Bernardo. Folha da Tarde, 16/06/1977.

‘Asilo não é lugar de seres humanos’, diz geriatra. Verba para deficientes físicos. Folha da Tarde, 4/10/1978, p. 5.

A velhice, num mundo de preconceitos, com um único aliado: O jovem. Shopping News, 13/10/1978, p. 13.

Aposentar-se, um ato de coragem: A aposentadoria significa o empobrecimento do assalariado seja qual for o seu nível de renda. Teodoro G. Meissner, Folha de S.Paulo, 1º/09/1979, p.41.

Os velhos. Ou seja, os abandonados, os esquecidos, os solitários… Um médico luta há 20 anos para mudar essa situação. Jornal da Tarde, 22/07/1980.

Proposto um instituto para proteger os idosos do País. Festa na Água Branca congrega mais de mil. Folha de S.Paulo, 25/09/1980.

E o deficiente mental idoso? Ruth da Silva Telles, Notícias da Apae-SP, março-abril 1981, n. 54.

No Sesc, um programa propicia aos idosos a volta à vida normal. Helo Camponi, Folha de S.Paulo, 6/03/1981.

Eles agitam, largam brasa e não estão nem aí com a idade. Fernando Barros, Shopping News, 23/08/1981.

Velhos descrevem bairros: Iniciativa é do Sesc, que procura integrar os idosos na comunidade. Folha de S.Paulo, 26/08/1981.

Você internaria o seu pai idoso? Tomiko Born, Jornal Página Um, 9/01/1982, p. 6. 

Programa cultural integrará idosos: Promoção é do Mopi. O Estado de S.Paulo, 6/05/1982.

Geriatra pede uma política para idosos. Folha de S.Paulo, 6/05/1982.

Idosos pagam meia-entrada no cinema: Benefício é válido no período da tarde. Folha de S.Paulo, 11/05/1982.

Encontro pede mais emprego para idoso. Folha de S.Paulo, 21/05/1982.

Será tão difícil amar os velhos? Aqui os velhinhos vivem felizes. Marta Repiso, Shopping News, 23/05/1982.

Despejados, anciãos suicidam-se. Diário do Grande ABC, 23/05/1982.

Velhice, essa incômoda realidade. Geriatra acusa governo de ignorar os idosos. Virgínia Pezzolo, Diário do Grande ABC, 23/05/1982.

Nestes lugares os idosos acham distração e companhia. Martha Repiso, Shopping News, 6/06/1982.

Enfim, o mundo discute os seus velhos. Nascimentos diminuem e a vida fica mais longa. Afastamento prematuro do trabalho. Mas vale a pena viver tanto? Assis Mendonça, O Estado de S.Paulo, 25/07/1982, p. 30.

A ignorância cria ‘moços-velhos’. Alex Comfort, O Estado de S.Paulo, 25/07/1982, p. 30.

Marginalização, estigma dos velhos de São Paulo. Folha de S.Paulo, 12/09/1982.

Velhice, discriminação injustificada. J. Reis, Folha de S.Paulo, 19/09/1982.

Encontro proporá uma política para idosos. Folha de S.Paulo, 21/09/1982.

Idosos visitam Centro Cultural. Grupo viu exposição sobre o Modernismo. Folha de S.Paulo, 8/10/1982.

O velho precisa de estímulo. Flávio Aluízio Xavier Cançado, Veja, 25/05/1983, p. 146.

Brasil, um país jovem que depende dos velhos. Arthur Cantalice, Desafio de Hoje, maio 1985, p. 5.

Idosos. Festa, mas muita preocupação. Congresso vai discutir o aumento dos índices. Dança, uma das opções de vida saudável. Pedro Zan, O Estado de S.Paulo, 28/09/1986.  

Idosos, velhos marginalizados. Trabalho, a vida de Leon Feffer. O piloto resiste à aposentadoria. Lucrécio só não quer ‘enferrujar’. Pobres antes, durante  e… depois. O Estado de S.Paulo, 5/04/1987.

População maior que 60 anos: Taxa média anual de crescimento. Bernadette Waldvogel Giraldelli, Folha de S.Paulo, 3-10-1987.

Cuidados na juventude garantem velhice saudável. Médicos dizem que vida do idoso no Brasil chega a ser ‘indigna’. Marina Caldeira, Folha de S.Paulo, 29/02/1988.

Maus-tratos a velhos nas famílias crescem nos EUA. Folha de S.Paulo/Wall Street Journal, 29/02/1988.

Como estão nossos idosos. ‘Era melhor que estivéssemos todos mortos’. Ivo Patarra, Gazeta de Pinheiros, 20/05/1988.

Idosos ainda recebem tratamento inadequado no país: O que considerar na escolha da instituição. Congresso geriátrico reunirá especialistas. Folha de S.Paulo, 25/09/1988.

Por que você tem medo de envelhecer? Nenhuma doença tem um efeito tão devastador sobre o idoso quanto a solidão e a inatividade. No ano 2025, o Brasil terá 32 milhões de habitantes com 60 anos ou mais e precisa se estruturar já para que eles tenham uma velhice saudável, produtiva, não sejam vistos como um estorvo para a família e nem acabem depositados e esquecidos – num asilo. Ruth Helena Bellinghini, Shopping News, 13/11/1988.

Cresce o número de idosos em São Paulo e em todo o País. A tendência, considerada irreversível por pesquisadores, pode significar um futuro sombrio para os brasileiros da terceira idade, se o governo não reorientar o planejamento das políticas públicas. Ana Maria Freitas, City News, 19/08/1990.

A vida aos 80. o medo e o amor à cidade. Ana Maria Freitas, City News, 19/08/1990.

Geriatria é mais eficaz do que terapia de rejuvenescimento. Técnicas de rejuvenescimento foram pouco testadas e têm efeitos colaterais perigosos. Eurico T.  Carvalho Filho, Folha de S.Paulo, 24/01/1993.

Ciência trata doenças, mas não retarda o envelhecer. Envelhecer é uma cascata de eventos que atestam a degeneração de um corpo no fim da vida. Todos os sistemas decaem. Não há soluções milagrosas. A ciência começa a compreender esse processo, mas o melhor remédio ainda é a combinação de dieta sadia e exercícios regulares. Marcelo Damato, Folha de S.Paulo, 25/04/1993, p. 4.

A pessoa com deficiência mental na terceira idade. Ruth da Silva Telles, Mensagem da Apae, ano XX, n. 70, jul.-set. 1993, p. 37-41.

Surge a Política Nacional do Idoso. Lei n. 8.842, de 4/01/1994. Dispõe sobre Política Nacional do Idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso, 1994.

Nunca é tarde para consumir: Idosos detêm 19% da renda da população ativa. Atividades com pitadas de nostalgia. Avidez por saúde física e mental. Um mercado forte e com anos de vida pela frente. Germana Costa Moura, O Globo, 4/091994.

Vida de idoso. Laura e Oscar: Duas pequenas concessões. Materiais e medidas são inadequadas. D. Nadir fez Romir repensar a profissão. Equipar-se para ser independente. Dicas para o apartamento e mobília. Leneide Duarte, O Globo, 4/09/1994, p. 4-5.

Asilo fechado força peregrinação de idosos. Fechamento de 13 abrigos faz ‘inquilinos’ migrarem de uma casa de repouso para outra à espera de vaga. Lúcia Martins, Folha de S.Paulo, 18/09/1994, p. 4-8.

Desabrigados na 3ª idade: Filhos não buscam pais quando asilos fecham. Apenas 10% dos idosos são procurados por parentes. Folha de S.Paulo, 18/09/1994, p.9.

3ª idade: O Brasil é uma das nações com o maior número de idosos do mundo – por isso, é preciso muita atenção. Projetos mostram que é possível ser feliz na terceira idade. E preparem-se, porque vem aí a quinta idade. Revista E, do Sesc-SP, ano 2, n. 1, julho 1995, p. 11-16.

A vida sem idade. Há meio século, ter 50 anos era sinal de velhice. Hoje, a geração que inventou o amor livre e derrubou mitos seculares prolonga a mocidade. Qual o segredo da fonte da juventude? A resposta na palavra dos personagens que pararam o tempo. Revista E, do Sesc-SP, ano 3, n. 8, fev. 1997, p. 11-17.

Medicina quer preparo para ‘País de Idosos’. O Brasil não é mais um país de jovens e, até a virada do século, figurará na sexta posição mundial em população de idosos. Diante das estatísticas, alguns médicos começam a se preparar com a ocupação de leitos hospitalares e sugerem a necessidade de atitudes rápidas e eficazes por parte do governo. O Imparcial, 20/07/1997.

Terceira idade vai à luta e ganha espaço. Ter mais de 50 anos vira pré-requisito. Registrada aos 60: ‘Sou capaz de fazer coisas que nem imaginava’. A bibliotecária irene Reich, 65, que tirou sua primeira carteira de trabalho aos 60 anos, trabalha há cinco na escola Evoluta Idiomas, onde cuida da biblioteca e controla o estoque de livros: ‘Estar em contato com as pessoas é continuar vivendo’. Simone Cavalcanti, Folha de S.Paulo, 24/08/1997.

Terceira digna idade: Cinemas mais baratos, fácil deslocamento dentro da cidade, práticas esportivas e encontros que reivindiquem direitos tornam lotada a agenda do idoso. Revista E, do Sesc-SP, out. 1997, p. 18-22.

Melhora a vida dos idosos. Mais velhos retomam lugar na sociedade. Cresce o número de pessoas de idade que estão mais participativas e reivindicam mais. Programas ajudam a garantir a diversão. Agência especializada oferece passeios, viagens, idas ao teatro e jantares dançantes. Está mais fácil falar sobre questões ligadas ao sexo. Regina Pitoscia, O Estado de S.Paulo, 27/09/1998, p. A16.

País discute o envelhecimento. Um dos maiores desafios é manter a capacidade de pagamento de benefícios da Previdência. Em 2025, 32 milhões terão mais de 60 anos. A política dos idosos nos Estados. Medicina já tem muitas respostas. Atendimento gratuito. Regina Pitoscia, O Estado de S.Paulo, 31/05/1998.

Número de idosos aumenta entre brasileiros. Pesquisa revelou que pessoas com 60 anos ou mais representam 8,7% da população. Roberta Jansen, O Estado de S.Paulo, 11/03/1999.

Envelhecimento é desafio para o País: Previdência foi planejada para uma nação jovem, agora afetada por novo perfil demográfico. Philip J. Longman, O Estado de S.Paulo, 14/03/1999.

Carros começam a ser projetados para idosos. Facilidade de acesso, comandas mais à mão e painel mais visível são recursos que passam a ser oferecidos nos EUA. Keith Bradsher, O Estado de S.Paulo/The New York Times, 14/03/1999.

Anúncio atrai atenção para drama da velhice. Aposentado de 71 anos recorre à seção de classificados e diz que precisa trabalhar para viver. Gabriela Scheinberg, O Estado de S.Paulo, 22/03/1999, p. A7.

Presidente diz agora para idosos que ‘é bom trabalhar’. Depois de chamar aposentados com menos de 50 anos de vagabundos, ele diz que idade virou obsessão. Isabel Braga, O Estado de S.Paulo, 8/04/1999.

Acidente expõe limites do motorista idoso. Nem sempre o motorista percebe que a idade exige parar de dirigir para não causar acidentes como o ocorrido domingo passado no Rio. Cabe então à família ajudar. Glauco Lucena, O Estado de S.Paulo, 18/04/1999.

Projeto Começar de Novo. Funcionários da UFG que estão se aposentando poderão fazer cursos na universidade. O programa para os aposentados inclui curso de pintura e desenho, dança, musicalização e computação. Todos ministrados no Espaço Cultural da Praça Universitária por alunos bolsistas de várias faculdades da Federal. Melissa Rodrigues, Diário da Manhã, 9/05/1999, p. 2.

Autonomia pode melhorar vida na terceira idade. Quanto maior a independência, melhor será o estado geral do indivíduo, segundo a Unifesp. Ligia Formenti, O Estado de S.Paulo, 30/05/1999, p,  A20.

Governo deve ajudar brasileiros a envelhecer. Geriatra da OMS recomenda que não se espere os 65 anos para pensar em qualidade de vida. Roldão Arruda, O Estado de S.Paulo, 1º/06/1999.

Programas incentivam ‘reemprego’. Empresas criam vagas para profissionais da terceira idade e patrocinam abertura de negócio próprio. Folha de S.Paulo, 6/06/1999.

Na luta pelos direitos. Durante uma semana, a Assembleia Nacional de Idosos reuniu representantes de 22 estados para discutir a situação da Terceira Idade no país. Revista E, do Sesc-SP, ano 5, n. 12, junho 1999, p. 29-31.

Gás total: Eles passaram da barreira dos 60 anos, mas continuam na ativa –  e que ativa! Trabalho prazeroso é fator positivo. Beatriz Teixeira de Salles, Estado de Minas, 3/10/1999, p. 6.

Especialista diz que Brasil precisa preparar-se para tomar conta dos idosos. É preciso adotar algumas medidas preventivas, segundo representante da ONU. Gabriela Scheinberg, O Estado de S.Paulo, 23/10/1999.

Morar em república é boa opção na velhice. O Estado de S.Paulo, 4/01/2000.

Ministério interdita clínica de idosos no Rio. Estabelecimento, já descredenciado do SUS, será processado criminalmente. Murilo Fiuza de Melo, O Estado de S.Paulo, 8/02/2000.

Envelhecimento é desafio para o interior de SP. Pesquisa mostra que municípios não adotam políticas para enfrentar mudança no perfil social. Cristina Charão & Roldão Arruda, O Estado de S.Paulo, 20/02/2000, p. A17.

Idosos têm atendimento diferenciado em São Caetano. Cidade foi a primeira a criar caixas bancários exclusivos para pessoas acima dos 60 anos. Cristina Charão, O Estado de S.Paulo, 20/02/2000, p. A18.

Bailes para a terceira idade agitam a cidade de Feliz. Prefeitura oferece ônibus para que idosos possam ir a festas. Sandra Hahn, O Estado de S.Paulo, 20/02/2000, p.  A18.

Rio Claro tem boom de clubes para essa faixa da população. Em dois anos, número de organizações saltou de 15 para 35. Clayton Levy, O Estado de S.Paulo, 20/02/2000, p.  A18.

Paternidade em idade avançada é tendência que cresce na Inglaterra. Homens divorciados casam-se com mulheres mais jovens, que querem ter filhos. O Estado de S.Paulo/The Sunday Times, 29/02/2000.

Aumenta interesse dos médicos pela geriatria. Profissionais de várias áreas descobrem na terceira idade um novo e atraente mercado. Luciana Miranda, O Estado de S.Paulo, 24/09/2000, p.  A18.

Expectativa de vida no País sobe para 68,4 anos. Em um ano, brasileiro aumenta esse índice, segundo estudo divulgado pelo IBGE. Adriana Ferreira, O Estado de S.Paulo, 2/12/2000, p. A24.

Abandono leva mais idosos ao alcoolismo: Segundo Fiocruz, bebida é usada para aliviar solidão e sensação de perda. Carlos Franco, O Estado de S.Paulo, 2/12/2000, p. A24.

Pesadelo do vício começa com solidão e falta de perspectivas. Lilian Santos, O Estado de S.Paulo, 2/12/2000, p.  A24.

Atlas do IBGE aponta envelhecimento. População de idosos em 2020 será de 25,3 milhões, o dobro do porcentual de hoje. Roberta Jansen, O Estado de S.Paulo, 16/12/2000.

Estudo aponta declínio da mente na meia-idade: Pesquisador inglês diz que, a partir dos 40 anos, memória, concentração e agilidade são afetadas. Elizabeth Judge, O Estado de S.Paulo, 21/12/2000.

No estudo da USP, a vez da terceira idade. Pesquisa, que terá um ano de duração,vai comparar pessoas acima de 60 anos que praticam atividades físicas com os sedentários. Objetivo é melhorar a qualidade de vida dos idosos. Aos 56 anos, correndo, ele reencontra a vida – hoje, com 61 anos, João Carreira Filho, sente-se feliz por ter corrido a São Silvestre em 1h10. Olga, 80 anos, atividade física e musculação. Roberto Bascchera, O Estado de S.Paulo, 21/01/2001, p. E7.

USP abre inscrições para a terceira idade. Programa voltado para maiores de 60 anos é oportunidade de aperfeiçoamento. Cristina Charão, O Estado de S.Paulo, 14/02/2001, p. A15.

Vovô moderno não tem medo da internet: Terceira idade tem na Web um ambiente para fazer amizades e continuar aprendendo. Kátia Arima, O Estado de S.Paulo, 2/04/2001, p. 1.

Idade não é obstáculo no uso do computador: Usuários com mais de 60 anos não temem uso do PC e o utilizam para tarefas e diversão. Katia Arima, O Estado de S.Paulo,  2/04/2001, p. 3.

Escolas de informática ensinam terceira idade: Com metodologia e ritmo diferentes, escolas ensinam idosos a lidar com micro. Katia Arima, O Estado de S.Paulo, 2/04/2001, p. 4.

Nos Estados Unidos, 51 mil pessoas já ultrapassaram a barreira dos 100 anos. Número foi apurado no censo do ano passado, que pode conter imprecisões. Robin Fields, O Estado de S.Paulo/Los Angeles Times, 2/09/2001.

Idosos – Região Sul tem médias quase europeias: Colinas e Santa Tereza, no RS, apresentam maior proporção de pessoas com mais de 65 anos. Lucia Martins & Luciana Nunes Leal, O Estado de S.Paulo, 20/12/2001. 

Rio, com maior proporção da 3ª idade: De acordo com o IBGE, são 29 velhos para cada 100 crianças de até 15 anos. Roberta Pennafort, O Estado de S.Paulo, 20/12/2001. 

Brasil gasta mais que países ricos com seus idosos. País destina 9% do PIB ao sistema de aposentadorias. Média dos países ricos é de 7,4%. Fernando Dantas, O Estado de S.Paulo, 27/01/2002, p. B4.

ONU discute mundo cada vez mais velho. Em 50 anos, maiores de 60 anos serão mais numerosos que menores de 15: colapso previdenciário é a principal ameaça. Folha de S.Paulo, 9/04/2002.

A ONU e os nossos idosos. Como garantir saúde, bem-estar, aposentadoria a milhões de pessoas da 3ª idade? Miguel Jorge, O Estado de S.Paulo, 29/04/2002.

36% dos aposentados continuam trabalhando. Entre as mulheres, são 10%, única forma de conseguir complementar a renda. O Estado de S.Paulo, 26/07/2002.

Em atividade, enquanto o corpo aguentar. Aziz tem 83 anos e diz que, ‘se parar, enferruja’. Olga, de 72, ganha a vida andando. Iuri Pitta, O Estado de S.Paulo, 26/07/2002.

‘Mãos ocupadas, cabeça desanuviada’. O lema de Maria Sylvia, 86 anos, moradora de Copacabana, resume seu modo de vida. Clarissa Thomé, O Estado de S.Paulo, 26/07/2002.

IBGE mostra que idosos têm papel decisivo na renda familiar brasileira. No País, 6 milhões de pessoas com mais de 60 anos sustentam filhos e outros parentes. Chefes de família da terceira idade com curso superior são 4%. Luciana Nunes Leal, O Estado de S.Paulo, 26/07/2002.

Campanha da CNBB entusiasma idosos. Tema escolhido pela Igreja deverá fazer a sociedade discutir mais a terceira idade. Moacir Assunção, O Estado de S.Paulo, 7/03/2002.

A dignidade dos idosos. A Igreja quer ajudar a rever os conceitos sobre quem chegou à terceira idade. Dom Cláudio Hummes, O Estado de S.Paulo, 19/03/2003.

A pessoa nasce, cresce e morre com a sexualidade. A função sexual muda com a maturidade. A resposta aos estímulos, por exemplo, é mais lenta, mas o prazer permanece. Bell  Kranz, Folha de S.Paulo, 22/05/2003, p. 6-8.

Força, poder e prazer da 3ª idade: São 17milhões com mais de 50 anos, cujos hábitos de consumo têm despertado o interesse de indústrias e empresas de serviços. Muito exercício físico: bom para corpo e alma. A alegria dos bailes no Carinhoso: Dono da casa de baile no Ipiranga comemora o sucesso de seu negócio, sempre lotado. Carlos Franco, O Estado de S.Paulo, 13/07/2003, p. B10.

População de idosos triplicará até 2050: Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) prevê que, daqui a cinco décadas, um em cada quatro latino-americanos terá mais de 60 anos. Estado de Minas, 20/11/2003.

Inflação de idoso foi 18% maior desde 1994: Puxados por saúde e lazer, preços para a terceira idade subiram mais que para a população em geral, diz novo índice da FGV. Janaína Lage, Folha de S.Paulo, 12/04/2005.

Caderno de 8 páginas “Terceira idade: O início de uma nova era”: (1) O mundo está mais experiente. Expectativa de vida cresce no País. Estatuto do Idoso é conquista no Brasil. (2) Como manter a saúde financeira. Crédito consignado faz sucesso. Orçamento precisa ser controlado. (3) Boa disposição é o que não falta. Plugados na informática. A valorização do talento. (4) Mercado de trabalho abre as portas. Mais que dinheiro, a valorização. Experiência de sobre para lidar com o público. (5) Prevenção é aliada da vida mais saudável. Sorriso em dia é foco de programa. Folha de S.Paulo, 29/04/2005. 

País já tem 120 idosos para cada 100 crianças. Em 1981, proporção era de 48 pessoas com mais de 60 anos para cada 100 com menos de 5 anos. Taxa de fecundidade recua. Folha de S.Paulo, 26/11/2005, p. 4.

Argentina vive onda de violência contra idosos. Levantamento indica 41 mortes na Grande Buenos Aires em 2005. Flávia Marreiro, Folha de S.Paulo, 19/02/2006, p. A23.

Filme ‘Você Disse que Me Amava’. Drama trata com simpatia dilemas da terceira idade. Defende que não há idade-limite para sonhar. Folha de S.Paulo, 25/10/2006.

Mulher vive 7,6 anos a mais que homem: Expectativa de vida para o sexo feminino é de 75,8 anos, enquanto estimativa para homens é de 68,2 anos, aponta o IBGE. Sílvia Freire, Folha de S.Paulo, 2/12/2006.

Famílias ‘esquecem’ idosos em hospitais: Pacientes com doenças graves ficam sem visitas ou aguardam até um ano pela passagem de parentes. Hospital aumenta vínculos de amizade: Doentes, parte dos pacientes foram abandonados pela família quando ainda eram pequenos. Fabiane Leite, Folha de S.Paulo, 30/04/2006, p. C1.

Rejeição familiar pode gerar ação na Justiça: Ministério Público é acionado para tentar convencer os parceiros a buscarem seus doentes nos hospitais. Desconhecidos ganham nome e documentos. Fabiane Leite, Folha de S.Paulo, 30/04/2006, p. C4.

Idosos vivem mais e melhor, diz estudo. Apesar dos avanços registrados de 198 a 2003, maior parte da velhice dos brasileiros ainda é vivida sem qualidade. Trabalhos mostrados em encontro nacional de demógrafos discutem as condições de vida da população na 3ª idade. Antônio Gois, Folha de S.Paulo, 20/09/2006.

Idoso incrementa mercado de trabalho. Com cerca de 30 milhões de brasileiros com mais de 60 anos, setores e produtos voltados para o bem-estar, qualidade de vida e longevidade estão em alta (Renata Rondini, Jornal da PUC Campinas, 30/10/2006 – 12/11/2006, p. 8).

Clínica que atendia idosos é fechada por falta de higiene. PM encontrou geladeira desligada e comida que aparentava estar estragada. Diário de S.Paulo, 19/04/2007.

Idosa de 93 anos é agredida. Zero Hora, 18/05/2007.

Brasil precisa mudar rede de saúde para atender idoso: Chefe de envelhecimento da OMS defende que os médicos aprendam a lidar com a terceira idade e que o jovem seja sensibilizado para o fato de que “envelhecer é bom”. Cláudia Colucci entrevista Alexandre Kalache, Folha de S.Paulo, 8/10/2007, p. A18.

Cai a pobreza entre os idosos, diz IBGE: Melhoria na renda dos mais velhos pode ser atribuída ao reajuste do salário-mínimo e a seu reflexo nas aposentadorias. População mais velha chega a 10,2%. Quase um terço continua trabalhando e um cada cinco aposentados decide voltar a trabalhar. Janaína Lage & Pedro Soares, Folha de S.Paulo, 29/09/2007.

Violência física e abandono são as principais queixas registradas na Delegacia dos Idosos. Ana Luísa Fideles, Leia Salvador, ano I, n. 5, set. 2007.

Aos 85, viúvo se forma em faculdade de direito para superar a morte da mulher. Folha de S.Paulo, 5/01/2008.

Mulher é acusada de manter idosas presas por dez anos: Nilma da Silva é suspeita ainda de sacar dinheiro da aposentadoria das vítimas. Segundo a polícia, idosas estavam em situação degradante e foram levadas a hospital com desnutrição. Mulher negou as acusações. Felipe Bächtold, Folha de S.Paulo, 27/03/2008.  

Maria Nelma Fernandes, 58 anos, estudante em Currais Novos-RN: ‘Vou me formar na faculdade aos 60 anos. Voltar a estudar foi a melhor coisa que fiz na vida!’. Daniela Torres, Sou Mais Eu, n, 79, 22/05/2008, p. 15.

Tempo a favor: 100 boas ideias para melhorar a qualidade de vida e a autonomia de quem passou dos 60. Vinte especialistas falam sobre sexo, exercícios, alimentação, sono, quedas, audição, residenciais e produtos adaptados. Amarílis Lage, Folha de S.Paulo, 17/07/2008, p. 4-14.

STJ veta alta em plano de saúde para idosos: Tribunal proibiu reajuste de mensalidade por faixa etária por considerar aumento abusivo. Andréa Michael & Ricardo Sangiovanni, Folha de S.Paulo, 15/11/2008.

Idosos têm a maior inflação desde 2003: Alimentação representou 66% da taxa para a terceira idade no segundo trimestre desde ano, diz a FGV. Janaína Lage, Folha de S.Paulo, 12/07/2008.

Japão tem 36 mil pessoas com mais de 100 anos: Número é recorde no mundo e pesquisa mostra que índice vem subindo nos últimos 40 anos de forma acelerada. Correio da Paraíba, 13/09/2008, p.  A19.

Relatório aponta superlotação e falta de lazer em asilos. Segundo documento da OAB e do CFP, o Brasil não possui infraestrutura mínima de abrigamento para população idosa. O documento foi feito a partir de inspeções em 22 instituições para idosos localizadas em 12 Estados. William Vieira, Folha de S.Paulo, 24/08/2008.

Seguridade familiar: Famílias traçam estratégias para complementar a renda dos aposentados; ajuda de longo prazo tem vantajosa relação custo-benefício. Denyse Godoy, Folha de S.Paulo, 25/08/2008, p. 23-27.

Modelos de uma vida inteira: Com mais de 70 anos, eles desfilam autonomia e elegância na comemoração ao Dia do Idoso. Ocimara Balmant, Folha de S.Paulo, 5/10/2008, p. 36-39.

Qual é o segredo da longevidade? Médico e escritor argentino lança livro sobre a população de Vilcabamba, no sul do Equador, que vive muito mais do que a média mundial. Adriana Küchler, Folha de S.Paulo, 13/11/2008, p. 8-11.

Falta de vitamina D eleva risco de falha de memória: Deficiência do nutriente em idosos causa o dobro de chances de danos cognitivos. Carência de substância, cuja principal fonte é o sol, também está relacionada a risco aumentado de quedas e fraturas na terceira idade. Cláudia Colucci, Folha de S.Paulo, 27/01/2009, p. C9.

Eles têm mais de 90: A vida e a experiência de dois campeões mundiais, que já entraram na 10ª década de vida e não pensam em parar. Rodolgo Lucena, Folha de S.Paulo,  29/01/2009, p. 6-10.

O envelhecimento das pessoas com deficiência. Faz-se necessária uma investigação das condições de envelhecimento desta população, uma vez que os aspectos funcionais de atividade e participação, bem como os aspectos ambientais e sociais interferem diretamente na sua qualidade de vida. Fabíola Campillo & Naira Rorigues, com Helena Dinubila & Maria de Mello. Revista Reação, ano XII, n. 66, jan./fev. 2009, p.30.

Caderno de 10 páginas “Maioridade, o velho-novo”: (1) 54% ganham 1 mínimo de aposentadoria. Gustavo Patu. (2) ) O importante é funcionar. Amarílis Lage. (3) 28% têm plano de saúde. Antônio Gois. (4) 2 em 10 vivem sozinhos. Mariana Lojolo. (5) Mais visibilidade, maior intolerância. Amarílis Lage & Mariana Lajolo. (6) De sonho, medo e felicidade. Mário Magalhães. (7) Um afeto que não se encerra. Débora Yuri. (8) Sexygenários. Paulo Sampaio. Folha de S.Paulo, 15/03/2009.

Melhoria na memória de idosos através de um programa de aprendizagem e prática de Libras. Sonia Yara Brunswick Vallado, Neurociências, v. 5, n. 2, abr.-jun. 2009, p. 76-80.

Praticar exercício reduz quedas em idosos. Fazer atividades como tai chi chuan é mais eficaz que adaptar a casa ou tomar vitamina D, sugere análise de 111 artigos. Organismo tende, nessa faixa etária, a substituir músculos por gordura. Essa perda de massa muscular compromete o equilíbrio. Juliana Silveira, Folha de S.Paulo, 20/04/2009.

Pagamento para deficientes e idosos supera o Bolsa Família. Programa do governo federal desembolsou R$ 13,8 bilhões em 2008, quase o,5% do PIB. Ritmo de crescimento dos desembolsos é superior ao do aumento da população idosa do paí. TCU avisa que programa é bem focalizado. Antônio Gois, Folha de S.Paulo, 5/05/2009.

Uma vida em reverso: No embriagador filme ‘O Curioso Caso de Benjamin Button’, o diretor David Fincher conta a história de um homem que nasce velho e se torna cada vez mais jovem. E conclui que, seja qual for o sentido da viagem, é impossível escapar ao tempo. Isabela Boscov, Veja, ed. 2096, ano 42, n. 3, 2009, p. 124.

EUA lançam recomendação de exercícios para idosos. Novo documento enfatiza benefícios de atividades de força e de flexibilidade. Embora não seja possível evitar o envelhecimento, o exercício regular minimiza os efeitos da idade e aumenta a expectativa de vida do idoso. Gabriela Cupani, Folha de S.Paulo, 17/08/2009.

Mais respeito com os idosos. O Brasil se acostumou a ser chamado de nação de jovens e não se preparou para as mudanças na pirâmide etária. Maria Inês Dolci, Folha de S.Paulo, 26/09/2009.

Encontro de gerações. Projeto paulistano reúne crianças e idosos em atividades que estimulam o desenvolvimento cognitivo, físico e social. Mariana Versolato, Folha de S.Paulo, 25/03/2010.

Idosos levemente gordinhos vivem mais e melhor: Pesquisas recentes mostram que o índice de massa corporal para essa faixa etária deve estar entre 22 e 28. Julliane Silveira, Folha de S.Paulo, 14/06/2010.

Receita para envelhecer bem. Tempo longo de aprendizado formal e controle do estresse são fatores para uma velhice lúcida. Suzana Herculano-Housel, Folha de S.Paulo, 24/08/2010.

Áreas verdes de São Paulo ganham academias para idosos. Guto Lobato, Folha de S.Paulo, 3/10/2010

Empresas percebem o potencial idoso: Novas maneiras de atender uma população mais velha. Natasha Singer, Folha de S.Paulo/The New York Times, 14/02/2011, p.1-2.

A academia é deles: Aos maiores de 60 anos, mercado da malhação investe em exames especializados e exercícios com foco em qualidade de vida. Iara Biderman, Folha de S.Paulo, 3/05/2011, p. 6-9.

Rodoviária obriga idoso a preencher ficha para usar banheiro de graça. Usuário tem de informar nome, número de documento e assinar formulário para não pagar R$ 1,50. Banheiros gratuitos pra o público ficam afastados dos pontos de maior movimento nas estações rodoviárias. Depoimento: ‘Enquanto um idoso preenchia a ficha, passaram 12 na minha frente’. Raphael Marchiori, Folha de S.Paulo, 18/05/2011.

Meu velho: Aumento de expectativa de vida, envelhecimento da população e facilidade de se casar de novo fazem surgir pais tardios. Cristina Moreno de Castro, Folha de S.Paulo, 14/08/2011.

Da crise de meia-idade ao mundo do cor-de-rosa. Por que, após típico baixo-astral entre os 40 e os 50, a maioria fica de bem com a vida? Ricardo Bonalume Neto, Folha de S.Paulo, 13/09/2011, p. 4-6.

Expectativa de vida supera 73 anos no país. Aumento, que chega a 25 anos, interfere diretamente no cálculo para as novas aposentadorias. Em 1960, estimativa do tempo médio de vida  do brasileiro era de apenas 48 anos de idade, segundo dados do IBGE. Denise Menchen, Folha de S.Paulo, 2/12/2011, p. C6.

Redes sociais viram aliadas da terceira idade contra solidão. Facebook não sabe informar quantos eles são. Idosos formam maioria entre alunos em cursos de informática. Giba Bergamim Jr., Folha de S.Paulo, 4/03/2012.

Aumenta no Brasil o número de pessoas idosas (saudáveis e autônomas) vivendo sozinhas. Tudo bem? Filipe Oliveira, Folha de S.Paulo, 3/04/2012, p. 4-6.

Baila comigo: Entre galinhas e pavões, um grupo festivo de 50 aos 85 anos se reúne num salão tipicamente interiorano no coração do parque da Água Branca. Mariana Desidério, Folha de S.Paulo, 8/04/2012, p. C10.

Estudos procuram fórmula para chegar bem aos 100 anos. Brasil tem quase 24 mil centenários e, no mundo, são 70 com mais de 110 anos. Desafio é manter a independência. Grupo de idosos em São Paulo está sendo acompanhado para manter a qualidade de vida aos cem. Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 28/05/2012, p. C7.

Cresce potencial de consumo dos idosos. Varejo dá pouca atenção para a terceira idade e precisa se preparar para atender demanda, dizem especialistas. Brasileiros com mais de 60 anos devem movimentar neste ano R$ 400 bilhões, o equivalente ao PIB da Irlanda. Claudia Rolli, Folha de S.Paulo, 10/06/2012.

Renda da 3ª idade é maior que os gastos. Com mais dinheiro, idosos aumentam compra de produtos considerados não básicos, como adoçante e requeijão. Magazine Luiza, onde 13% dos clientes têm 60 anos ou mais, promove o Dia do Aposentado ao menos 3 vezes ao ano. Claudia Rolli, Folha de S.Paulo, 10/06/2012.

Lojas não sabem aproveitar o potencial de consumo dos idosos. Maurício Morgado, Folha de S.Paulo, 10/06/2012.

Calouro depois dos 50. Em dez anos, cresceu 182% o número de estudantes mais velhos nas universidades. Saiba o que tem levado essa turma para a sala de aula. Rachel Costa, IstoÉ, 13/06/2012, p. 60-61.

Lar São Nicolau, asilo em São Paulo recebe idosos de origem eslava. Asilo na zona sul da cidade conserva tradições, datas comemorativas e cozinha russa e tem biblioteca com mais de mil títulos na língua. Vanessa Pilz, Folha de S.Paulo/Gazeta Russa, 13/06/2012.

Após matar ladrão, idoso teme vingança. Durante quatro horas, bando fez refém a mulher de agricultor de 84 anos. Quando tentaram invadir a casa, ele atirou. Família agora está apreensiva. Há uma semana, uma idosa de 87 anos também matou um assaltante no RS. Giba Bergamim Jr., Folha de S.Paulo, 24/06/2012, p. C12.

Convívio entre idosos ajuda no resgate da vida social. Centro-dia surge como opção para quem não apresenta limitação grave. Rosa Sato Chubaci, Folha de S.Paulo, 2/09/2012, p. C5.

Deixados para trás. Rejeitados por suas famílias, não identificados ou sem ter quem os acolha, pacientes em condições de alta moram há anos ou décadas em hospitais. Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 14/09/2012.

Certeira idade: Conheça o atirador sueco que, há 92 anos, mantém o recorde de ‘o mais velho medalhista olímpico’. Edson Franco, IstoÉ, n. 28, set.-out. 2012.

Dez anos depois, Estatuto do Idoso ainda engatinha. Envolvidos na aplicação da norma criticam a falta de políticas públicas. Jairo Marques, Folha de S.Paulo, 29/09/2013.

Número de idosos que moram sós triplica. Entre 1992 e 2002, parcela dos que têm mais de 60 anos e vivem sozinhos no país cresceu de 1,1 milhão para 3,7 milhões. Fragmentação das famílias e aumento da longevidade ajudam a explicar tendência, segundo especialistas. Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 25/12/2013.

Emprego para mais velhos é o que mais cresce no país. Só 2% das pessoas acima de 60 anos dispostas a trabalhar não acham vaga. Procura por funcionário qualificado, vantagem menor da aposentadoria e envelhecimento da população são causas. Pedro Soares, Folha de S.Paulo, 9/02/2014.

Idosos. Peso da aposentadoria inibe aumento de emprego no NE. Pesquisa mostra que empresas não estão prontas para profissional. Pedro Soares, Folha de S.Paulo, 9/02/2014.

Rede de mercados ‘caça’ idosos na missa e os atrai com plano de saúde. Objetivo é atrair trabalhadores ‘mais responsáveis e mais educados no atendimento’. Lucas Sampaio, Folha de S.Paulo, 9/02/2014.

Idoso se endivida mais e sofre com abusos. Dívida de aposentados e pensionistas com empréstimo consignado cresce quatro vezes mais que reajuste do INSS. Cláudia Collucci & Érika Fraga, Folha de S.Paulo, 22/06/2014, p. B12.

Denúncia de violência financeira contra idosos cresce mais de 300%. Queixas geralmente são anônimas porque eles relutam em pedir ajuda e temem denunciar familiares. Aposentado geralmente consegue empréstimo consignado para pessoa da família, e não para ele, diz assistente social. Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo,  22/06/2014, p. B13.

Pessoas longevas tendem a ser positivas. Phyllis Korkki. Folha de S.Paulo/The New York Times, 8/07/2014.

Só 30% dos idosos com mais de 80 anos envelhecem bem em SP: Pesquisa da USP avaliou 363 pessoas acompanhadas em projeto em andamento há 14 anos. Fatores como manter contato social, se fisicamente ativo e ter estudado por mais de 4 anos são protetores. Cláudia Collucci & Gabriel Alves, Folha de S.Paulo, 5/10/2014, p. C11.

Idosos exercitam corpo e vida social em shoppings. Corrimão é usado como barra de flexão; corredores viram pista para caminhada. Thais Bilenky, Folha de S.Paulo, 8/03/2015.

A terceira idade da mulher com deficiência: estamos levando isso a sério? Márcia Gori, Revista Reação, ano XVIII, n. 104, maio/jun. 2015, p. 64-65.

Japão investe em asilos-cassino no estilo Las Vegas para entreter idosos. Folha de S.Paulo/Financial Times, 29/11/2015.

Excesso de remédios prejudica idosos. Paula Span, Folha de S.Paulo/The New York Times, 12/12/2015, p. 5

A arte de envelhecer. Considerar a vida um vale de lágrimas no qual afundamos ao deixar a juventude é fazer dela uma experiência pífia. Drauzio Varella, Folha de S.Paulo, 23/01/2016.

Filme ‘A Despedida’ faz retrato sensível da velhice. Inspirado no avô de 92 anos, diretor Marcela Galvão cria personagem que precisa lidar com a decrepitude física. Alexandre Agabiti Fernandez, Folha de S.Paulo, 10/06/2016.

Filme francês ‘A Viagem de Meu Pai’ trata da velhice com bom humor. Luiza Wolf, Folha de S.Paulo, 12/08/2016.

Modelo de 80 anos desafia conceito de velhice e vira sensação na China. Folha de S.Paulo, 6/11/2016.

Academias para terceira idade se tornam novo nicho de mercado. Com envelhecimento da população, empresas oferecem atendimento especializado. Eulina Oliveira, Folha de S.Paulo, 28/02/2016.

Aumento da expectativa de vida impõe novos desafios: País precisa começar a discutir formas de garantir um envelhecimento saudável. Folha de S.Paulo, 6/11/2016.

Tucano quer reavaliar passe livre para idosos: Cerca de 2,1 milhões de pessoas têm direito a gratuidade nos ônibus em SP. Primeiros alvos do corte devem ser pessoas com mais de 60 anos. Estatuto do Idoso prevê direito a partir dos 65. Folha de S.Paulo, 18/11/2016, p. B3.

Perto dos 60, jornalista corredor quer percorrer 60 maratonas. Marcelo Quaz, Folha de S.Paulo, 1º/01/2017.

Projeto português ensina idosos a grafitar. Ativo desde 2012, Lata 65 busca a reinserção dessa faixa etária no espaço público da cidade e a quebra de rotina. Participante detida pela polícia ao sair sozinha para pintar muros disse à fundadora que ganhou nova razão para viver. Diogo Bercito, Folha de S.Paulo, 22/01/2017.

Maior abandonado. Deixado pela mãe aos 5 anos, homem cresce em abrigo, trabalha por quase 50 anos na instituição, se aposenta e continua vivendo no local. Jairo Marques, Folha de S.Paulo, 14/04/2017, p. B4.

Universitários fazem mutirão para melhorar estrutura em lar de idosos. Alunos consertaram cadeira de rodas em espaço que abriga pessoas de até 98 anos em SP. Jairo Marques, Folha de S.Paulo, 23/04/2017.

Terceira idade: Como os idosos estão sendo cuidados. Grupo se reúne para pegar estrada. Bailes contam com ‘personal dancer’. Marcas de beleza. Academias apostam em treinos para mais de 60. Folha de S.Paulo, caderno especial, 21/05/2017, p. 24-53.

A vida (velha) como ela é. O grande desconhecido do lado de lá dos 60 anos. A população idosa brasileira está em expansão. Diante do fenômeno, serviços e publicidade insistem em martelar a ideia de uma juventude atemporal. Autor de série documental sobre a velhice diz que entrevistados mostram face menos edulcorada dessa etapa, que não se resume, contudo, a solidão e amargura. Giuliano Cedroni, Folha de S.Paulo, 20/08/2017.

Brasileiro dorme cada vez pior, e sono deteriora com idade. Pesquisa Datafolha mostra também que queixas são mais frequentes entre mulheres e entre os mais pobres. Ana Estela de Sousa Pinto, Folha de S.Paulo, 12/03/2018, p. B8 e B9.

Portugal busca alternativas para cuidar dos idosos. Com 20% da população acima dos 65 anos, país investe em serviços, transporte e mudança comportamental. Paulo Markun, Folha de S.Paulo, 18/03/2018, p. A14 e A15.

…ooOoo…