Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo - segunda edição

Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo chega a segunda edição

Live de lançamento será no dia 5 de dezembro, às 9h30, reunindo representantes das cinco regiões do país

“Fiquemos com Cora Coralina: ‘Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exerceremos nossos direitos.” Este é o chamado que a pesquisadora emérita da Fiocruz, Maria Cecília de Souza Minayo, de 84 anos, faz aos leitores da 2ª edição do Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo, elaborado pela Longevida – consultoria da área do envelhecimento – em parceria com entidades das cinco regiões do Brasil. O lançamento desta 2ª edição será dia 5 de dezembro, às 9h30, em uma live transmitida pela Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo e pelos canais da Longevida. Para receber o certificado de participação é preciso se inscrever antecipadamente pelo link:

Idadismo – que também pode ser denominado como ageísmo ou etarismo – são formas preconceituosas de se referir às pessoas idosas. A conscientização do uso de palavras – e atitudes – idadistas é a melhor maneira de se eliminar o preconceito contra velhos e velhas. Por isso, o Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo é uma obra de suma importância para permitir que as pessoas idosas exerçam plenamente seus direitos e sejam incluídas, de fato, em nossa sociedade.

O Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo faz farte da campanha #LugardePessoaIdosaÉOndeElaQuiser, lançada em outubro de 2021 pela Longevida, consultoria criada e dirigida por Sandra Regina Gomes, formada em fonoaudiologia e especialista em gerontologia. A primeira edição do Glossário teve lançamento em 10 de dezembro do ano passado, Dia dos Direitos Humanos.

A partir do próximo ano, haverá uma agenda coletiva de lançamentos desta 2ª edição do Glossário, atendendo às diferentes regiões do Brasil.

Segunda edição

O objetivo dessa segunda edição foi reunir, de forma colaborativa com as entidades parceiras, frases, expressões e depoimentos idadistas representativos das cinco regiões brasileiras – Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte -, mostrando que o preconceito etário está espalhado por todo país. Diferente de outras iniciativas no segmento do envelhecimento, o Glossário cumpre seu papel de dar voz e estimular o protagonismo da pessoa idosa em toda a sua diversidade (negros, LGBTQIA+, pessoa com deficiência) presente em diferentes localidades do país.

No evento de lançamento deste dia 5 de dezembro estarão presentes representantes de cada região:

Região Norte: Dra. Cynthia Charone, presidente do Grupo Cynthia Charone, que atende a população idosa do Pará, médica especializada em oftalmologia e Gerontologia pelo Hospital Albert Einstein.

Região Nordeste: Dra. Adriana de Oliveira Alcântara, docente do curso de Especialização em Gerontologia da Unifor (Universidade de Fortaleza/CE)

Região Centro-Oeste: Eduardo Meza, Mestre em Estudos Culturais (2022) pela UFMS e criador do Programa de Promoção dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa (2011), atual Programa Universidade Aberta à Pessoa Idosa.

Região Sudeste: Wallace Hetmanek dos Santos, gerontólogo titulado pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Professor e supervisor de extensão na UnATI/UERJ.

Região Sul: José Araújo, presidente da Associação Brasileira de Gerontologia do Paraná (ANG/PR)

A partir do dia 5 estará disponível aqui no site da Longevida.

Serviço:

Live de lançamento do Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo

Data: 5 de dezembro (segunda-feira), às 9h30

Inscrições pelo linktr.ee/escoladoparlamento para o recebimento do certificado.

Acompanhe a live de lançamento pelos canais da Longevida: YouTube: https://youtube.com/c/Longevida

Facebook: https://www.facebook.com/longevidaconsultoria/

Estatuto da Pessoa Idosa

Estatuto do Idoso agora é da Pessoa Idosa

As expressões “idoso” e “idosos”, desde o mês de julho, devem ser substituídas em toda legislação por “pessoa idosa” e “pessoas idosas”, começando pelo Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que passa a ser Estatuto da Pessoa Idosa.

A mudança tem origem na Lei n. 14.423 de 22 de julho, criada a partir do Projeto de Lei do Senado (PLS) 72/2018, do senador Paulo Paim (PT-RS). Segundo Paim, o termo “idoso” era excludente, uma vez que da mesma forma que outros termos masculinos, a palavra ‘idoso’ é usada para designar genericamente todas as pessoas idosas, sejam homens ou mulheres.

Para a Longevida, a terminologia adequada demonstra respeito e dignidade às pessoas com 60+ e inclui o gênero feminino nas expressões. De acordo com a Agência Senado, inicialmente o projeto previa a mudança apenas no nome do Estatuto, por meio de emenda do relator, o senador Romário, a substituição dos termos foi estendido para toda legislação.

Nós da Longevida, representados por nossa fundadora e diretora, Sandra Regina Gomes, estivemos presentes na luta pela alteração e celebramos a conquista que é bem mais que um simples ajuste terminológico, mas um avanço em termos de inclusão e respeito a todas as pessoas idosas.

Acesse a lei pelo link – http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14423.htm

Glossario Coletivo

Longevida lança projeto da segunda edição do Glossário Coletivo

A live “Não ao Idadismo! A voz da população idosa nas cinco regiões do Brasil”, no dia 30 de maio, marcou o lançamento do projeto da segunda edição do Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo. A iniciativa da Longevida conta com parceiros em 18 Estados.

O evento, que debateu a situação da pessoa idosa no país, contou com a participação de Yacy Souza Derzi, conselheira estadual do Idoso do Amazonas, representando a Região Norte; Albemar Araújo, conselheiro do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa do Recife (PE), pelo Nordeste; José Araújo, conselheiro do Conselho Estadual da Pessoa Idosa do Paraná, pelo Sul; Maria Enaura Vilela Barricelli, conselheira do Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo (SP), pelo Sudeste, e Carmencita Balestra, presidente do Conselho Municipal do Idoso de Inhumas (GO), representando o Centro-Oeste. Acesse a live completa no Canal no YouTube da Longevida.

Na ocasião, foi o lançado o projeto da segunda edição do Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo, que dá continuidade à campanha #LugarDePessoaIdosaÉOndeElaQuiser, iniciada em outubro do ano passado, nas comemorações do Dia da Pessoa Idosa. O objetivo é reunir, como na primeira edição, de forma colaborativa, frases, expressões e depoimentos idadistas que sejam representantes regionais da nossa língua, mostrando que o preconceito etário está espalhado por todo o país.

Para que a nova edição seja ainda maior e mais representativa que a de 2021, a Longevida conta com a participação de importantes parceiros que representam 18 Estados brasileiros.

Qualquer pessoa física ou jurídica poderá colaborar com o Glossário Coletivo até o dia 31 de agosto, enviando sua contribuição de palavras, expressões e depoimentos idadistas pelo Google Forms: . A segunda edição será lançada no dia 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos.

votar depois dos 70 - urna

Votar depois dos 70 anos também é participação social

Faltando poucos meses para que a população vá às urnas definir quem será o presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais, a Longevida, consultoria na área do envelhecimento, destaca mais uma vez a importância do voto depois dos 70 anos, quando não é mais obrigatório. A entrevista desta vez é com Lilia Albuquerque, assistente social, especialista em Gestão de Políticas Públicas, diretora do Centro de Convivência Estadual do Idoso (CECI), do governo do Amazonas e integrante da Pastoral da Pessoa Idosa do Regional Norte.

Lilia Albuquerque - votar depois dos 70

Para Lilia (Foto: Divulgação), votar depois dos 70, quando não é mais obrigatório, é uma oportunidade para poder mostrar a vontade, a liberdade, a autonomia e participar das decisões do país. “Eu penso que não devemos levar em conta a obrigatoriedade, mas sim um direito como cidadão, cidadã, de decidir os rumos da política na cidade, seja no teu estado, seja no país.  E é preciso que nós tenhamos a consciência desse dever, dessa obrigação, pois só assim nós poderemos cobrar políticas que atendam as nossas necessidades. Só assim, nós poderemos propor, direcionar e cobrar políticas públicas eficazes que atendam as nossas necessidades”.

A participação social que, segundo Lilia, precisa ir além das urnas. “É importantíssimo a participação da pessoa idosa nesse contexto. É nessa luta que nós devemos estar sempre presente, exercendo nosso direito como cidadão, cidadã, na hora de votar, bem como a participação nas lutas sociais, estando presente nos conselhos da pessoa idosa, seja nos conselhos de saúde, da assistência, municipal, estadual, federal, enfim, nos fóruns de discussões, participando das conferências, porque só assim realmente você pode contribuir nessa construção da nossa cidadania e na garantia dos nossos direito”, ressaltou.

No Amazonas, a diretora do Centro de Convivência Estadual do Idoso (CECI), conta que foi através dessas lutas que muitas coisas foram conquistadas e hoje a população idosa está usufruindo. “O maior exemplo são os centros de convivência. Na cidade de Manaus, nós temos dois centros de convivência voltados para idosos, mas nós temos centros de convivência da família em todas zonas de Manaus e centro de convivência em todos os municípios do Amazonas”.

Assistente social e especialista em Gestão de Políticas Públicas, Lilia destaca ainda os projetos voltados exclusivamente a atender as pessoas idosas que estão nas comunidades, com profissionais qualificados, fruto também da mobilização. “Isso aí se deve justamente a essa participação do segmento nessas lutas. Então é muitíssimo importante essa mobilização que está acontecendo em nível nacional para que as pessoas idosas continuem exercendo o seu direito de votar, de exercer sua cidadania no direito de escolher os seus representantes, para que esses representantes possam nos representar de fato e de direito naquilo que nós queremos pra garantir esses direitos no nosso dia”.

Texto Katia Brito / Imagem principal: José Cruz/Agência Brasil

votação 70+ - urna - eleições 2022

Voto é direito e cidadania para quem passou dos 70

Por Katia Brito

Nas eleições de outubro, serão eleitos o presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais. Mesmo sem a obrigatoriedade, muitos eleitores de 70 anos ou mais fazem questão de votar. Segundo Diogo Cruvinel, analista do TSE, há um aumento gradual desta parcela do eleitorado, embora, segundo ele, isso ocorra pela inversão da pirâmide etária no país. Nas eleições de 2020, eles representavam cerca de 9,13% do eleitorado, e no pleito anterior 8,16%.

O comparecimento, por outro lado, percentual vem diminuindo. Foi de 42% em 2016 para 37% em 2018, e 30% em 2016. De acordo com Cruvinel, as campanhas deste período pré-eleitoral focam os jovens, porque eles não têm ainda o título e nem uma vida de participação como os idosos. Depois desse período o TSE costuma fazer campanhas com foco em todos os eleitores cadastrados.

Embora, recomende a participação por questão de cidadania, o analista do TSE destaca que para os mais idoso às vezes é difícil comparecer. Por isso, entre os dias 18 de julho e 18 de agosto, pessoas com mobilidade reduzida, mesmo que temporariamente poderão solicitar o remanejamento da seção eleitoral para um local mais acessível.

Diferente das notícias que circulam não houve cancelamento do título para pessoas com mais de 70 anos, e a biometria também segue suspensa, também não interferindo no cadastro eleitoral.

Exemplo

A Longevida traz o exemplo de um 70+ que faz questão de votar. Nosso entrevistado é José Araújo Silva (Foto: Arquivo Pessoal), de 78 anos, formado em gestão pública, pós-graduado em gerontologia, especialista em democracia participativa, atuante em movimentos sociais, conselheiro nacional de saúde, conselheiro estadual e municipal da pessoa idosa de Curitiba (PR), coordenador do Fórum Paranaense da Pessoa Idosa, membro tesoureiro do Fórum Nacional Permanente da Secretaria pelos Direitos da Pessoa idosa e presidente da Associação Nacional de Gerontologia do Paraná (ANG-PR).

José Araújo Silva - Paraná

Como você avalia a importância do voto? 

José Araújo Silva: A importância do voto é inegável desde a juventude até o idoso. A partir dos 16 anos e até o fim da vida é preciso votar. Mas por que é preciso votar, vai alterar alguma coisa no meu voto? O meu sozinho não vai, mas o voto de todos vai alterar sim. A gente vai poder contribuir para uma política mais voltada às necessidades da população.

Por que você acha importante principalmente que os idosos compareçam às urnas?

Silva: Quando eu não exerço o meu direito de votar, e eu tenho 78 anos, eu estou delegando para outras pessoas votarem em meu nome e elegerem quem eles acham que devem eleger. Eu não aceito isso. Eu vou na eleição e eu incito todas as pessoas idosas a irem até a sessão eleitoral e votar. Não é só votar. É votar e depois acompanhar o desenvolvimento do trabalho daquele a quem você dedicou o voto. Se você não votou, você não pode pensar em cobrar.

Votar é forma de participação social?

Silva: A cidadania, a luta por democracia reside exatamente nessa participação social. Essa é uma delas. É importantíssimo o voto, mas também a participação nos movimentos sociais, nos conselhos de direito e de política. Eu sempre digo que eu ficaria triste de no final do mês receber a minha aposentadoria, se eu não fiz nada de bom pro meu semelhante naquele mês. Então independente de estar aposentado, eu preciso contribuir com essa sociedade. Não será por minha falta que a nossa cidade não vai melhorar ao longo do tempo. Votar sempre, desistir jamais.

Como você avalia o papel da pessoa idosa no processo eleitoral?

Silva: Os idosos têm uma grande responsabilidade, porque eles orientam o voto. Eu tenho cinco filhos e invariavelmente na eleição eles vêm perguntar: ‘Pai em quem que nós vamos votar dessa vez?’ Eu não sei em quem ele vota, mas ele vem, e aí eu digo: ‘Olha, você precisa levar em consideração essas situações aqui pra poder exercer o seu voto corretamente. Eu acho que a gente precisar participar ativamente.

Como estimular as pessoas idosas a participarem das eleições?

Silva: O voto depois dos 70 anos não é uma obrigação, ele é um direito. Eu tenho o direito de votar naquele que vai me representar na Assembleia Legislativa, no governo do Estado, no governo federal, no Senado, na Câmara de Deputados de Brasília. Eu preciso participar disso. Com esses argumentos, eu tenho conversado com as pessoas com mais de 70 para que compareçam às urnas.

Quais ações vocês têm feito no Paraná?

Silva: A gente tem feito alguns movimentos aqui no Paraná. Houve um acordo entre Conselho Estadual da Pessoa Idosa e o Tribunal Regional Eleitoral no sentido de disponibilizar pessoal e urnas para ir nas instituições de longa permanência para que as pessoas possam votar e também ir aos hospitais para quem não tem como sair e exercer direito do voto. Então levar a urna diretamente para que elas possam exercer o seu direito de cidadania e votar.

Você acredita num futuro com cidadãos mais conscientes?

Silva: Com movimentos, dessa forma eu acredito que vamos cada vez mais convencer a população idosa a ir votar. Porque na verdade, muitas vezes ele fica pensando que não vale a pena lutar porque já está no fim da vida, e que os outros que estão aí que vejam e mudem a situação. Mas eu particularmente prego e vou continuar, que as pessoas idosas precisam exercer o seu direito de cidadão, de elemento útil na sociedade que vai eleger os representantes, e muito mais que isso estar sempre acompanhando o trabalho desenvolvido por aquele parlamentar para saber se ele está sendo digno do voto. Até porque daqui pode mudar o voto e votar em outra pessoa.

Enquanto eu tiver vida, enquanto eu tiver forças, eu vou lutar, eu vou exercer o direito do voto e vou pedir que todos exerçam. Eu vou mais do que isso participar da vida política do meu município e federal também no sentido de contribuir com a situação nos conselhos de política e de direito para poder estar se assegurando de que não só que aquela democracia eleita, mas também a participativa, ajude a tornar esse país um lugar melhor pra viver. A participação é tudo nossa vida. Temos participar.

Episódio destaca potencialidade da educação no enfrentamento ao idadismo

O segundo episódio da websérie “Idadismo: Entre Imaginários e a Vida Vivida” abordou o preconceito contra a pessoa idosa sob a ótica da educação, com um diálogo vivo, virtual e virtuoso, como disse no início do encontro, em março, a fundadora e diretora da Longevida, Sandra Regina Gomes, citando o professor Carlos Brandão. Renata Costa e Edlene Silva foram as intérpretes de Libras, enviadas pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo. 

As convidadas foram Lurdinha Martins, com mais de 40 anos na Educação, estando tanto na sala de aula com crianças do ensino fundamental como atuando na formação de professores, e a professora associada da Universidade de Brasília (UnB), Leides Moura, com experiência em pesquisa, enfermagem e temas do envelhecimento. O cartunista Márcio Lobo não pode estar presente.

A websérie é parte da Campanha de Enfrentamento ao Idadismo #Lugardepessoaidosaéondeelaquiser, iniciada em outubro de 2021, e se baseia no Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo, lançado no dia 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos. O terceiro episódio acontece nesta segunda, dia 25 de abril, às 19 horas, abordando o idadismo e a mídia, com a participação dos jornalistas Katia Fonseca e Ricardo Mucci.

Os parceiros da Longevida na websérie são os mesmos do Glossário Coletivo:  a Prefeitura do Recife, por meio da Gerência da Pessoa Idosa; Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) com o Núcleo de Envelhecimento, Velhice e Idosos (Nevi); Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo; Conselho da Pessoa Idosa do Recife; Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos de São Paulo; Casa Vovó Bibia de Apoio à Família, também de Recife (PE), a plataforma Vitrine Sem Idade, da Universidade de Brasília, o Grupo Cynthia Charone e o Movimento Atualiza. 

Segundo episódio

O encontro foi aberto com um vídeo do estudante de enfermagem da UnB, Gabriel Côrrea Borges, com uma carta escrita por ele em forma de manifesto, direcionada ao Brasil. Seu pedido é pelo fim do preconceito contra a pessoa idosa e a visão de uma velhice patológica, e que o envelhecer seja saudável, participativo e cidadão com foco nos idosos de hoje e do futuro. O texto foi criado durante uma oficina intergeracional na instituição. Clique aqui e leia o texto completo

Em sua fala Lurdinha destacou que as ações feitas em escolas são pontuais, e muitas vezes não surgem com esse foco, mas acabam levando a aproximação entre as crianças e as pessoas idosas. Para ela, a discussão sobre o idadismo precisa ser ampliada nas séries iniciais, e só será fortalecida na medida que for levada para os estudantes e suas famílias. Diante do debate, ela ressaltou que seu olhar mudou, percebendo o quão potente a escola pode ser no combate ao idadismo.

Sandra ressaltou que o tema do idadismo não faz parte da agenda da educação porque há um distanciamento da realidade do envelhecimento. Por isso a importância de caminhar pelas frestas e fissuras e colocar a discussão na agenda pública, sensibilizando gestores, alunos, coordenadores e toda a sociedade. A cidadania, como destacou citando Paulo Freire, não é algo que se perde com o envelhecer, deve ser exercida por toda a vida.

Para Leides, a conquista da longevida traz uma emergência histórica com um trabalho imenso a ser construído com a sociedade. Ela defendeu que entre os muitos papéis exercidos ao longo da vida, devemos aproveitar as convergências para criar novos enunciados sobre o processo de envelhecer. Por meio de um contato permanente ao longo da vida escolar formal, não formal e informal, entre as gerações, reconstruir as narrativas que historicamente deixaram os idosos um pouco mais invisibilizados.

As duas educadoras ressaltaram que o currículo escolar, seja nas séries iniciais como no meio universitário, é vivo e pode abarcar as questões que tratem do envelhecimento como uma etapa da vida, um compromisso que precisa ser assumido por todos. Leides destacou também os trabalhos realizados na UnB, como os ateliês de empatia criativa.

Nos comentários, destaque para ações como do Movimento StopIdadismo que em Portugal distribuiu em escolas fundamentais calendários ilustrados para a educação das crianças contra o preconceito etário, e o exemplo da Casa Vovó Bibia, em Recife (PE), que atua junto a escolas para promover o encantamento do envelhecimento com dignidade humana.

Confira aqui a lista de referências bibliográficas citadas no encontro.

Assista o episódio completo no Facebook ou no canal do YouTube da Longevida.

Doação Fundo do Idoso - Declaração Imposto de Renda

Contribua com os Fundos da Pessoa Idosa

Em tempos de declaração do Imposto de Renda, que deve ser entregue até o dia 29 de abril, a Longevida destaca a importância dos Fundos da Pessoa Idosa, como fontes de recursos para a realização de projetos e iniciativas que estimulem e favoreçam o envelhecimento digno e saudável.

Você pode ajudar a financiar programas e ações voltados à pessoa idosa contribuindo com o Fundo do Idoso, seja da sua cidade, do seu Estado ou o nacional. Na declaração do Imposto de Renda, pessoas jurídicas podem destinar 1% do imposto devido e pessoas físicas, até 3%, como estabelece a LEI Nº 13.797, DE 3 DE JANEIRO DE 2019. No preenchimento da declaração, o valor desejado deve ser indicado na opção “Doações Diretamente na Declaração”. Não há nenhum acréscimo para o doador, já que o valor é uma porcentagem do imposto devido.

O Fundo é um importante instrumento para que os Conselho da Pessoa Idosa possam contribuir para a implementação e fortalecimento de políticas públicas. O controle sobre a utilização dos recursos cabe ao próprio Conselho ao qual o Fundo é vinculado e também ao poder público e aos Tribunais de Contas. A seleção de projetos e iniciativas é feita por meio de editais.

As doações para os Fundos do Idoso podem ser feita ao longo do ano, não apenas neste período de declaração do Imposto de Renda. Verifique com o Conselho do Idoso de sua cidade ou do seu Estado, como pode ser feita a doação.

De acordo com dados do governo federal, os Fundos dos Direitos da Pessoa Idosa (FDI) receberam em 2021 R$ 51.529.933,80 milhões em doações realizadas durante a Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física 2020. No ano anterior, foram R$ 22,8 milhões, o que representa um aumento de 126%.

Políticas públicas

Colabore e também cobre políticas públicas em favor da pessoa idosa. No Estado de São Paulo, de acordo com levantamento do Conselho Estadual do Idoso de São Paulo (CEI-SP), 54% dos 645 municípios não têm o Fundo do Idoso. Também 8,37% dos municípios ainda não instituíram o Conselho do Idoso. A Longevida pode ajudar sua cidade na implementação do Fundo e na criação do Conselho. Veja mais informações no nosso site. Acesse aqui!

(com informações do CEI-SP, que realiza a campanha Imposto de Renda do Bem e Governo Federal / Imagem: Governo Federal-Divulgação)

José Carreira e Silvia Triboni fizeram parte da comitiva

StopIdadismo e Jornal do Centro lançam calendário sobre preconceito etário

Por StopIdadismo

Um calendário criativo, para sensibilizar crianças nas escolas sobre a importância do combate ao preconceito etário, acaba de ser lançado pelo Movimento StopIdadismo em parceria com o Jornal do Centro, órgão de comunicação social da região de Viseu, em Portugal. O “Calendário 8 e 80” para o ano 2022 busca promover, por meio de uma linguagem simples e desenhos exclusivos, adequados à idade dos estudantes, as práticas da educação para a não discriminação, já objeto de trabalho em muitas escolas.

Calendário 8 e 80

“Sabemos o quanto as crianças são multiplicadoras das boas práticas. As atitudes importantes que aprendem na escola são depois transmitidas aos familiares, aos amigos e alcançam toda a sociedade. Acreditamos que o calendário contribuirá para ensiná-las sobre como podem ajudar a reduzir os preconceitos e a marginalização das pessoas devido à idade”, afirma Jose Carreira, coordenador do StopIdadismo em Portugal.

De acordo com ele, a criação e a produção do calendário foram possíveis graças ao apoio do Jornal do Centro, veículo de comunicação que exerce importante papel na divulgação da região e está sempre associado a causas orientadas para o bem comum.

“O calendário é uma ferramenta em linha com as estratégias definidas pela Organização Mundial da Saúde para o combate ao idadismo, que compreende a realização de atividades educativas e intervenções intergeracionais, entre outras”, destaca o coordenador.

Por ocasião do lançamento da publicação, representantes do movimento entregaram exemplares do calendário à secretária de Estado da Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro; ao secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, e ao secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo. Na imagem principal, a comitiva com Carreira e participação da colaboradora da Longevida, Silvia Triboni.

Associação StopIdadismo

No encontro, foi anunciado em primeira mão o início do processo de criação da Associação StopIdadismo, que permitirá fortalecer as ações desenvolvidas pelo movimento desde abril de 2021. A Associação já trabalha com parceiros ibero-americanos na criação de uma ferramenta para fomentar boas práticas no combate ao idadismo nas entidades públicas e privadas, com o objetivo de construir um #MundoParaTodasAsIdades / #AWorld4AllAges.

Integrado por diversas organizações iberoamericanas, o movimento StopIdadismo foi criado como uma resposta da sociedade civil internacional a uma das maiores violências contemporâneas contra a pessoa idosa, o preconceito por idade, conhecido como idadismo. O objetivo central do movimento é produzir e difundir informações, reflexões, dados atualizados e outros elementos que contribuam para ações organizadas de enfrentamento ao idadismo. Nesse sentido, vem promovendo uma série de campanhas de conscientização sobre o problema. A Longevida é parceria do movimento.

Mais informações em www.stopidadismo.pt

Websérie Idadismo - André Cabral, Marcio Lobo, Cinthya Charone, Sandra Gomes, Libras

Longevida celebra sucesso da websérie contra o idadismo

A Longevida Consultoria comemora o sucesso da estreia da websérie “Idadismo: Entre Imaginários e a Vida Vivida”. O primeiro de seis episódios contou com a participação do psicólogo André L. Cabral, da médica dra. Cynthia Charone e do cartunista Marcio Lobo, e já tem mais de 200 visualizações no Facebook e mais de 1.300 no canal no YouTube. A moderação foi de Sandra Gomes, fundadora e diretora da Longevida. Jocelia e Nil Alves foram os intérpretes de Libras, enviados pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de São Paulo.

A websérie faz parte das ações iniciadas em 1 de outubro de 2021, Dia da Pessoa Idosa, com o lançamento da Campanha de Enfrentamento ao Idadismo #Lugardepessoaidosaéondeelaquiser. A iniciativa da Longevida incluiu uma série de lives e teve como ponto alto a divulgação do Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo, no dia 10 de dezembro de 2021, Dia dos Direitos Humanos. O Glossário é o norteador da websérie que volta no dia 28 de março, às 19 horas, com o segundo episódio, trazendo o idadismo sob a perspectiva da pedagogia.

Os parceiros da iniciativa são a Prefeitura do Recife, por meio da Gerência da Pessoa Idosa; Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) com o Núcleo de Envelhecimento, Velhice e Idosos (Nevi); Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo; Conselho da Pessoa Idosa do Recife; Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos de São Paulo; Casa Vovó Bibia de Apoio à Família, também de Recife (PE), a plataforma Vitrine Sem Idade, da Universidade de Brasília, o Grupo Cynthia Charone e o Movimento Atualiza.

Primeiro episódio

Na abertura, Sandra destacou o quanto o preconceito está enraizado em nossa cultura, por meio da linguagem com tantas expressões e frases idadistas, por isso a necessidade de desmistificar estigmas e estereótipos e sensibilizar as pessoas “para que fiquem cientes do que estão falando, para quem e como”. Como ela bem destacou é uma chave difícil de virar, e a Longevida vem caminhando nesse sentido.

O episódio contou com três vídeos com depoimentos de pessoas idosas, que frequentam o Grupo Cynthia Charone, em Belém (PA) e contaram como o idadismo impacta suas vidas. Raimunda Jacob, 67 anos, disse que nota os comentários por onde passa que deveria se colocar em seu lugar. “Não aceito isso, meu lugar é onde eu quero estar e como eu quero estar… Se tem na vida uma pessoa que se ama, sou eu”.

Outro depoimento foi de Antonio Alves, 72, natural do Piauí, que mora há 50 anos em Belém. Ele contou que se sente um pouco humilhado com os comentários que ouve, mas “a coisa melhor do mundo é viver”. Para ele, “o importante é ser feliz, é o que eu quero”. Maria Habigair, 65, falou da discriminação na própria família, principalmente em relação às roupas que gosta de usar. “Tudo isso a gente sofre, mas deixo passar. Continuo vivendo do meu jeito, da minha maneira. Sou uma mulher muito feliz!”. Os depoimentos foram retratados em cartuns feitos por Lobo.

Perspectivas

Em sua participação, o psicólogo André L. Cabral, elogiou a iniciativa e disse estar emocionado com a qualidade do trabalho. Ele também é professor, especialista em psicanálise aplicada à educação e saúde e mestre em Gerontologia. Seu trabalho com a população idosa é focado na intergeracionalidade, buscando desmistificar o envelhecimento através da própria vivência dos jovens com a pessoa idosa.

Um conceito trabalhado pelo psicólogo é o movimento de autoinvestimento. Segundo ele, é necessário que a pessoa idosa invista em si mesma, no próprio desejo, se lançar no social, confrontando aspectos do idadismo. André ressaltou a necessidade de os idosos estarem empoderados de seus direitos, com incentivo a autoestima, consciência da potencialidade, da capacidade de escolha: “É possível falar de futuro cada vez mais na velhice, é preciso aceitar que a gente tem essas possibilidades”.

A médica oftalmologista Cynthia Charone, é presidente do grupo que leva seu nome em Belém, e atende cerca de seis mil pessoas idosas. Ela tem especialização em Gerontologia e em Gerontologia e empreendimentos. No Pará, são 18 unidades do grupo, oito delas voltadas para o público 60+ com acompanhamento muldisciplinar e interdisciplinar. O grupo também trabalha a intergeracionalidade com ações com crianças e jovens.

“Os próprios idosos já são tão feridos pela população, que já chegam desmotivados de se inserir em alguma coisa por que tem um autopreconceito. Como a gente trabalha com muitas pessoas idosas, eles vão começando a se encontrar nos seus pares, em quem frequenta há mais tempo, e percebem que estão vivos, têm direitos também, passam a se sentir mais bonitos, empoderados, autônomos. Tudo isso é um processo”, detalha a médica.

O idadismo, como salientou Cynthia, não está apenas na rua, mas também dentro de casa, expresso pela própria família: “Quem somos nós para julgar, apontar o dedo, o mais maduro tem mais para ensinar, para ser respeitado… Nós incentivamos a autoestima, o orgulho pela história da vida, o respeito pelos pares, independente se tem mais ou menos dificuldade. A empatia é maior quando consegue se enxergar no outro”.

Assista o episódio completo no Facebook ou no canal do YouTube da Longevida.

Política Nacional da Pessoa Idosa - PNI

28 anos da Política Nacional da Pessoa Idosa: avanços e retrocessos

Por Katia Brito – Blog Nova Maturidade

A Política Nacional da Pessoa Idosa completou, em janeiro, 28 anos, entre avanços e retrocessos. A avaliação é do prof. dr. Vicente Faleiros, presidente da Comissão de Políticas Públicas da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), assistente social e doutor em sociologia. “A PNI – Política Nacional do Idoso, hoje Política Nacional da Pessoa Idosa, de 1994, deu visibilidade à questão do envelhecimento no Brasil e à condição de vida e de desigualdade de milhões de pessoas com envolvimento do Estado na promoção de direitos desse segmento”, destaca.

Vicente Faleiros - PNI

Faleiros (foto: Divulgação), de 81 anos, ressalta que a Constituição de 1988 dispõe sobre a participação das pessoas idosas na vida social e pública e implanta a seguridade social, integrando saúde pública, previdência e assistência social. A carta magna cria o benefício para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, regulamentado pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), em 1993, como Benefício de Prestação Continuada (BPC). Há mais de 4,7 milhões de beneficiários no país, entre pessoas idosas e pessoas com deficiência.

A PNI, de acordo com o presidente da Comissão de Políticas Públicas da SBGG, ainda é “declaratória de direitos, mas indica responsabilidades dos ministérios e abre ação conjunta”. Promulgada em 1994, a legislação foi regulamenta em 1996, e o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI) previsto no texto, só foi implantado em 2002 e aperfeiçoado em 2004.

Segundo Faleiros, vários estados já haviam criado conselhos estaduais. A lei que cria o Conselho Estadual da Pessoa Idosa de Minas Gerais, por exemplo, é de 1999. O órgão de São Paulo precede a PNI, foi criado em 1987.

Estatuto do Idoso

Entre os avanços da PNI, Faleiros cita a integração das políticas, da participação, da descentralização e valorização da pessoa idosa. Porém, segundo ele, “foi o Estatuto do Idoso, de 2003, que elencou direitos do segmento como dever do Estado e estabeleceu um sistema de proteção para o envelhecimento digno e o direito ao envelhecimento diverso, ativo, com cidadania e participativo”.

Para o professor, o Estatuto é “um marco fundamental da proteção à pessoa idosa, tornando obrigatória a intervenção do Estado para assegurar direitos e o envelhecimento digno, ativo e participativo”. Com a nova legislação, Estados e municípios criaram conselhos e fundos. O diferencial do Estatuto para a PNI, de acordo com Faleiros, está na “mudança de paradigma de formulação de políticas para obrigatoriedade de políticas para e com a pessoa idosa e maior sistematização da rede de proteção”.

Desafios

Mesmo com os avanços, como explica o professor “há ainda preconceitos, discriminação e violência contra a pessoa idosa”, e também falta uma política de formação de cuidadores, de cuidados e, principalmente, de atenção básica e primária, e na saúde mental para o segmento idoso.

Para Faleiros, “os maiores retrocessos aconteceram no governo Bolsonaro, com amputação da participação no CNDI, pelo Decreto 9893/19; negacionismo da vacina; redução e dificuldade a direitos na previdência; corte de verbas na assistência, e ataques aos direitos aos planos de saúde. O orçamento para o segmento é ridículo”. Ele ainda cita a Rede Nacional de Defesa e Proteção da Pessoa Idosa (Renadi), que ficou só no papel, e a V  Conferência dos Direitos da Pessoa Idosa, adiada para 2021, e realizada com participação controlada.

Outro desafio é a carência de médicos geriatras. “Há avanços na residência e formação em geriatria, mas ainda é insuficiente e os planos de saúde não valorizam esse profissional. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) tem um diploma de especialista em geriatria e também em gerontologia que estimula a titulação de profissionais. Há cursos de formação para gerontólogo e também pós-graduações”, destaca Faleiros.

Colocar o envelhecimento na pauta nas eleições deste ano também parece um sonho distante: “A política e a estratégia de serviços para a pessoa idosa como direitos ainda não entrou na agenda dos partidos e alguns políticos querem fortalecer ainda o assistencialismo como um favor para um coitado. A pessoa idosa é cidadã de direitos, merece retorno e respeito por sua  contribuição à previdência e à sociedade. Portanto não é peso algum”.

Rede integrada

Para uma maior efetividade das políticas em favor da pessoa idosa, Faleiros acredita que “a rede integrada de proteção à pessoa idosa ainda está como horizonte, devendo levar em conta a desigualdade do envelhecimento, agravada pela população idosa na rua. O arcabouço de serviços progressivos precisa ser estratégia com centros de convivência, centros diurnos e noturnos, hospital dia, acompanhantes, cuidadores domiciliares. A maior longevidade traz desafios e oportunidades”.

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