Glossario Coletivo

Longevida lança projeto da segunda edição do Glossário Coletivo

A live “Não ao Idadismo! A voz da população idosa nas cinco regiões do Brasil”, no dia 30 de maio, marcou o lançamento do projeto da segunda edição do Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo. A iniciativa da Longevida conta com parceiros em 18 Estados.

O evento, que debateu a situação da pessoa idosa no país, contou com a participação de Yacy Souza Derzi, conselheira estadual do Idoso do Amazonas, representando a Região Norte; Albemar Araújo, conselheiro do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa do Recife (PE), pelo Nordeste; José Araújo, conselheiro do Conselho Estadual da Pessoa Idosa do Paraná, pelo Sul; Maria Enaura Vilela Barricelli, conselheira do Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo (SP), pelo Sudeste, e Carmencita Balestra, presidente do Conselho Municipal do Idoso de Inhumas (GO), representando o Centro-Oeste. Acesse a live completa no Canal no YouTube da Longevida.

Na ocasião, foi o lançado o projeto da segunda edição do Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo, que dá continuidade à campanha #LugarDePessoaIdosaÉOndeElaQuiser, iniciada em outubro do ano passado, nas comemorações do Dia da Pessoa Idosa. O objetivo é reunir, como na primeira edição, de forma colaborativa, frases, expressões e depoimentos idadistas que sejam representantes regionais da nossa língua, mostrando que o preconceito etário está espalhado por todo o país.

Para que a nova edição seja ainda maior e mais representativa que a de 2021, a Longevida conta com a participação de importantes parceiros que representam 18 Estados brasileiros.

Qualquer pessoa física ou jurídica poderá colaborar com o Glossário Coletivo até o dia 31 de agosto, enviando sua contribuição de palavras, expressões e depoimentos idadistas pelo Google Forms: . A segunda edição será lançada no dia 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos.

votar depois dos 70 - urna

Votar depois dos 70 anos também é participação social

Faltando poucos meses para que a população vá às urnas definir quem será o presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais, a Longevida, consultoria na área do envelhecimento, destaca mais uma vez a importância do voto depois dos 70 anos, quando não é mais obrigatório. A entrevista desta vez é com Lilia Albuquerque, assistente social, especialista em Gestão de Políticas Públicas, diretora do Centro de Convivência Estadual do Idoso (CECI), do governo do Amazonas e integrante da Pastoral da Pessoa Idosa do Regional Norte.

Lilia Albuquerque - votar depois dos 70

Para Lilia (Foto: Divulgação), votar depois dos 70, quando não é mais obrigatório, é uma oportunidade para poder mostrar a vontade, a liberdade, a autonomia e participar das decisões do país. “Eu penso que não devemos levar em conta a obrigatoriedade, mas sim um direito como cidadão, cidadã, de decidir os rumos da política na cidade, seja no teu estado, seja no país.  E é preciso que nós tenhamos a consciência desse dever, dessa obrigação, pois só assim nós poderemos cobrar políticas que atendam as nossas necessidades. Só assim, nós poderemos propor, direcionar e cobrar políticas públicas eficazes que atendam as nossas necessidades”.

A participação social que, segundo Lilia, precisa ir além das urnas. “É importantíssimo a participação da pessoa idosa nesse contexto. É nessa luta que nós devemos estar sempre presente, exercendo nosso direito como cidadão, cidadã, na hora de votar, bem como a participação nas lutas sociais, estando presente nos conselhos da pessoa idosa, seja nos conselhos de saúde, da assistência, municipal, estadual, federal, enfim, nos fóruns de discussões, participando das conferências, porque só assim realmente você pode contribuir nessa construção da nossa cidadania e na garantia dos nossos direito”, ressaltou.

No Amazonas, a diretora do Centro de Convivência Estadual do Idoso (CECI), conta que foi através dessas lutas que muitas coisas foram conquistadas e hoje a população idosa está usufruindo. “O maior exemplo são os centros de convivência. Na cidade de Manaus, nós temos dois centros de convivência voltados para idosos, mas nós temos centros de convivência da família em todas zonas de Manaus e centro de convivência em todos os municípios do Amazonas”.

Assistente social e especialista em Gestão de Políticas Públicas, Lilia destaca ainda os projetos voltados exclusivamente a atender as pessoas idosas que estão nas comunidades, com profissionais qualificados, fruto também da mobilização. “Isso aí se deve justamente a essa participação do segmento nessas lutas. Então é muitíssimo importante essa mobilização que está acontecendo em nível nacional para que as pessoas idosas continuem exercendo o seu direito de votar, de exercer sua cidadania no direito de escolher os seus representantes, para que esses representantes possam nos representar de fato e de direito naquilo que nós queremos pra garantir esses direitos no nosso dia”.

Texto Katia Brito / Imagem principal: José Cruz/Agência Brasil