Setembro Amarelo - prevenção ao suicídio

Setembro Amarelo: entre pessoas idosas aumenta a taxa de suicídio

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A alta ocorrência no mundo caracteriza o suicídio como um problema de saúde pública, por isso a importância da campanha Setembro Amarelo de prevenção ao suicídio e que esta seja uma discussão permanente ao longo do ano. Um desafio também para a população idosa. O último relatório epidemiológico do Ministério da Saúde sobre o tema, publicado em 2017, revela que a taxa geral de suicídio entre as pessoas acima de 70 anos é de 8,9 para cada cem mil habitantes, e na população geral, o número cai para 5,8.

De acordo com estimativas divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios. Em 2019, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio: uma em cada 100 mortes, o que levou a OMS a produzir novas orientações para ajudar os países a melhorarem a prevenção do suicídio e atendimento.

O suicídio está entre os maiores tabus, cercado de preconceito. Muitas famílias ainda tentam apagar da memória social os parentes que dão fim à própria vida. Os enlutados dividem-se entre a revolta, o não entendimento do ocorrido e até a culpa. Em 2020, foi grande o choque em todo o Brasil pela morte do ator Flávio Migliaccio, que tirou a vida aos 85 anos.

Lançada em setembro de 2021, a campanha Bem Me Quer, Bem Me Quero, da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA) e da empresa Viatris, convida à reflexão sobre a importância de fazer parte de uma rede de apoio para ajudar a quem precisa ou, caso seja você quem está se sentindo mal, procurar e aceitar ajuda, tornar-se protagonista da sua saúde e se querer bem.

Um dos caminhos para quem precisa de ajuda é o Centro de Valorização da Vida, que funciona 24 horas por dia, pelo telefone 188, com atendimento também por e-mail e chat. Acesse o site www.cvv.org.br.

Arroz e feijão - alimentação saudável para pessoas idosas

Protocolo orienta sobre alimentação saudável para pessoas idosas

Ministério da Saúde / Imagem de Daniel Dan outsideclick por Pixabay

A combinação de arroz e feijão é muito importante em qualquer fase da vida, especialmente para a população idosa. E o cuidado com as pessoas com 60 anos ou mais é o foco da nova edição do Protocolo de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na Orientação Alimentar da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde. A publicação é voltada a profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS).

A recomendação número um do protocolo é que os profissionais estimulem o consumo diário de arroz e feijão, prato típico dos brasileiros, preferencialmente no almoço e no jantar. O feijão é rico em fibras, proteínas e diversas vitaminas e minerais, que previnem carências nutricionais e distúrbios gastrointestinais, problemas comuns entre os mais idosos.
Além disso, ao contrário do que o senso comum afirma, a combinação do arroz com feijão faz parte de padrões alimentares associados a menor ocorrência de obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis.

O guia também traz orientações sobre tempo de cozimento para facilitar a digestão do feijão, além de opções de substituição de ingredientes, diminuindo o tempo e facilitando o preparo. O cuidado com a quantidade de sal e gorduras e de temperos industrializados é um dos alertas presentes na publicação.

Em caso de dificuldade de mastigação, é importante que se aumente o tempo de cozimento do arroz e do feijão para ficarem mais macios. A inclusão de verduras e legumes no feijão vai deixá-lo ainda mais saboroso e nutritivo.

Consumo de frutas, legumes e verduras

Dentre as recomendações do protocolo, está a inclusão dos legumes em saladas cruas e em preparações quentes, como cozidos, refogados, assados, gratinados, empanados e ensopados. Também é possível incluir verduras e legumes em preparações culinárias, como omelete com legumes, arroz com legumes, feijão, bolinho de espinafre e tortas. Saiba mais no guia completo.